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15 Filmes Para 2015

Sabemos que Woody Allen lançará um filme este ano. Que Joe Swanberg lançará dois, produzirá mais alguns e terá contribuição em incontáveis filmes. Takashi Miike então, nem se fala. Segundo o IMDB, o diretor terá dois lançamentos no Japão ainda no primeiro semestre. Que Spielberg e Clint Eastwood terão novos filmes exibidos no fim do ano lá fora e que só chegarão por aqui em 2016 por conta do próximo Oscar. Enfim, 2015 chegou.

Vamos aos filmes mais esperados do ano:

 

Hacker (Michael Mann, 2015)

Existe a mania das distribuidoras de colocar "spoilers" nos títulos como necessidade de explicar o que se assistirá. Não leia mais nada sobre Blackhat (título original) e espere até o dia 5 de março*. Saber que é do Michael Mann já é o bastante.

* Parece que o filme foi atrasado mais uma vez. Vamos ver.

 

Queen of the Desert (Werner Herzog, 2015)

Independente do massacre sofrido pela crítica e público em Berlim, o filme de Herzog cativa pela simples noção de que se trata de um cineasta ainda em busca do risco - algo que acompanha a sua filmografia com sucesso. Apontar para um novo caminho e usufruir da mesma motivação é para poucos.

 

Pasolini (Abel Ferrara, 2014)

O último dia de vida de Pier Paolo Pasolini dirigido por Abel Ferrara. É o bastante.

 

Kommunisten (Jean-Marie Straub, 2014)

Saber que Straub continua a filmar mesmo com dificuldades monetárias e a ausência de sua companheira Danièle Huillet, falecida em 2006, é animador. Segundo Arnaud Dommerc, produtor dos últimos curtas de Straub, trata-se de um filme de aventura, uma aventura humana, que será dominada pela natureza. Passou em branco nos festivais no ano passado por aqui.

 

The Visit (M. Night Shyamalan, 2015)

The Visit marca o retorno de M. Night Shyamalan aos filmes de baixo orçamento com um suspense sobre dois irmãos que passam o final de semana na casa dos avós e são testemunhas de eventos sobrenaturais. Shyamalan provavelmente continuará mal interpretado pela crítica americana e ovacionado pelo resto do mundo. A estreia está confirmada para o dia 11 de setembro nos EUA. Por aqui deve ser exibido no circuito de festivais até o lançamento oficial no dia 29 de outubro.

 

Teobaldo Morto, Romeu Exilado (Rodrigo de Oliveira, 2015)

Oliveira é responsável pelo belo As Horas Vulgares, filme único mesmo no comparativo aos longas do chamado novíssimo cinema brasileiro. Chegou ao circuito, mas logo foi engolido pelo mercado perverso de distribuição de filmes. Teobaldo Morto, Romeu Exilado foi exibido na última Mostra de  Tiradentes e a torcida é que este ganhe o merecido destaque.

 

Bill the Galactic Hero (Alex Cox, 2014)

Depois de mandar Paramount, Sony, Cannes, Berlim e Rotterdam às favas, Alex Cox foi lecionar cinema em Colorado (EUA). A primeira ação do diretor/professor foi a de produzir um longa de baixo orçamento - continuando "a saga do ridículo" que engloba Seachers 2.0 (2007, feito em mini-DV) e Repo Chick (2009, feito em chroma key) - com seus alunos e a ajuda de uma campanha no Kickstarter. É torcer para algum festival ainda se importar com o diretor de pérolas como Repo Man e Walker.

PS: o próprio Cox disponibilizou o filme na íntegra em sua conta no Vimeo.

 

Cobain: Montage of the Heck (Brett Morgen, 2015)

O que parecia mais um golpe utilizando a marca Kurt Cobain nas mãos de um especialista em conteúdo televisivo - o vendendo como "o filme oficial" - rendeu críticas muito positivas sobre o filme em Sundance, o colocando no mesmo grau de intimidade que o belíssimo About a Son, de AJ Schnack.  O filme é da HBO e as chances do filme acabar em V.O.D por aqui são grandes.

 

Vício Inerente (Paul Thomas Anderson, 2014)

Quando este post for ao ar é provável que o filme tenha caído na internet e boa parte do público interessado já tenha baixado e assistido, tudo isso por conta de um planejamento comercial que ainda aposta no Oscar como referência maior no primeiro trimestre. De qualquer forma, Vício Inerente é filme para se ver em tela grande e reafirma Paul Thomas Anderson como um dos diretores americanos contemporâneos dos mais relevantes.

 

Unfriended (Levan Gabriadze, 2015)

Veremos a maior bomba do ano ou o melhor exercício de roteiro de 2015 com um filme de terror que se passa em um chat no Skype. Estreia prevista para 25 de maio.

 

A Girl Walks Home Alone At Night (Ana Lily Amirpour, 2014)

Primeiro filme de vampiros do Irã e vencedor da mostra dedicada ao cinema fantástico em Sitges. O filme foi comprado pela Imovision mas não tem data de estreia confirmada no Brasil.

 

Rabo de Peixe (Joaquim Pinto, 2015)

Como disse o Merten, Joaquim Pinto é responsável pelo maior filme português não dirigido por Manoel de Oliveira - o jornalista provavelmente se esqueceu do Pedro Costa e Miguel Gomes -, o belo "E Agora? Lembra-Me". O filme tem sua primeira versão disponível no YouTube, mas segundo as críticas de Berlim, a segunda é completamente diferente e muito melhor. Aguarde para a Mostra de São Paulo ou Festival do Rio.

 

Counting (Jem Cohen, 2015)

Jem Cohen retorna ao documentário na busca da magia da rotina (ruas, músicas, animais, natureza), mais comparado a James Benning que Jonas Mekas, como se esperava pela sinopse do filme. Cohen é responsável pela obra-prima Instrument e pelo belíssimo Museum Hours. Como boa parte desta lista, é melhor esperar pelos festivais ou torrents para assistir.

 

Midnight Special (Jeff Nichols, 2015)

Jeff Nichols repete a parceria com Michael Shannon feita em O Abrigo e Amor Bandido para contar a história de um pai que descobre que seu filho tem super-poderes. Estreia prevista para 26 de novembro, via Warner.

 

High-Rise (Ben Wheatley, 2015)

Primeira incursão de Ben Wheatley (A Field in England, Kill List), no mercado inglês. High-Rise se passa nos tempos de ascensão de poder político de Margaret Thatcher e traça o paralelo deste tempo com uma torre de luxo que tem suas saídas bloqueadas.

[+] Adeus à Linguagem 3D (Jean-Luc Godard), Elle (Paul Verhoeven), Hua Li Shang Ban Zou (Johnnie To), Winter Sleep (Nuri Bilge Ceylan), Time Out of Mind (Oren Moverman), Fábulas Negras (José Mojica Marins, Rodrigo Aragão, Petter Baiestorf, Joel Caetano), Love in Khon Kaen (Apichatpong Weerasethakul), The Look of Silence (Joshua Oppenheimer), The Woods (Adam Wingard), The Hateful Eight (Quentin Tarantino), Queen of Earth (Alex Ross Perry), The Tribe (Miroslav Slaboshpitsky), Da Sweet Blood of Jesus (Spike Lee), The Sea of Trees (Gus Van Sant), Virgin Mountain (Dagur Kári), Lost River (Ryan Gosling), Near Death Experience (Delepine/Kervern), The Vatican Tapes (Neveldine/Taylor), Eden (Mia Hansen-Love), Endless Poetry (Alejandro Jodorowsky), Hong Kong Tribute (Johnnie To, John Woo, Tsui Hark, Hui, Ringo Lam, Patrick Tam, Sammo Hung e Yuen Woo-ping), Triple Nine (John Hillcoat), Mr. Turner (Mike Leigh), Solace (Afonso Poyart), Ricki and the Flash (Jonathan Demme), 31 (Rob Zombie), Medo do Escuro (Ivo Lopes Araújo), Noite Sem Fim (Jaume Collet-Serra).

Comentários (48)

Victor Ramos | quarta-feira, 04 de Março de 2015 - 00:41

O The Vatican Tapes (Neveldine/Taylor) lá em baixo. Boa lembrança.

Daniel Borges | segunda-feira, 09 de Março de 2015 - 06:17

altas expectativas pra qualquer coisa do Shyamalan.

Diego Henrique Rezende | sexta-feira, 20 de Março de 2015 - 11:50

Há muitos filmes fodas aqui! Ansioso para "Blackhat", "The Visit", Vício Inerente. E, podem me xingar, mas gosto dos filmes non-sense do Jaume Collet-Serra. 🙄

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