Saltar para o conteúdo

Artigos

Especial 10 Anos Cineplayers - Filmes de 2005

Pela primeira vez desde que começamos o especial, ainda no ano passado, ficamos sem dois textos de editores participantes em uma mesma edição: a Josiane, novamente por problemas pessoais, e o Demetrius, porque o filme que ele escreveu era de 2004 e só percebemos isso muito em cima da hora, sem tempo hábil para que ele pudesse trocá-lo (os filmes eram, respectivamente, Desafiando os Limites e A Menina Santa).

Assim sendo, temos 14 lembranças de 2005, totalizando, até o momento, 124 filmes indicados para vocês, leitores. Vale sempre lembrar que cada editor só pode escolher um filme, que não necessariamente significa o seu preferido daquele ano (nada que vocês já não saibam).

Se perdeu alguma edição anterior, é só clicar no ano correspondente que você será diretamente direcionado a ela:
2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012.

Agora só faltam mais 2, hein?

 

Amantes Constantes, de Philippe Garrel

A juventude desiludida com a falência de seus ideais na Paris pós-68 encontrou um retrato desconfortável sob as rédeas de Philippe Garrel, que oferece uma narrativa desprovida de sobressaltos. Os amantes do título têm sua relação forjada pelo calor dos protestos contra o status quo da época, que exigia a filiação a um pensamento ideológico, mas estão longe da constância que os adjetiva. Como os demais ao seu redor, são alienados voluntários, combalidos – até que o clamor da vida prática suplante essa decisão à revelia. Entregues ao torpor do ópio, eles anseiam pela liberdade, esse sentimento tão procurado e proclamado cuja delimitação é tão complexa, que se respira com o vento e desfaz amarras. Na ausência de pressa, fatos corriqueiros ganham espaço e são ressignificados, em conversações que insinuam partes de seus envolvidos e circundam o longa com uma aura de antológico. É Cinema em máxima potência, do tempo estendido e depurado, guarnecido com a magistral fotografia de William Lubitchansky, capaz de apreender a beleza da prosa cotidiana.

- Patrick Corrêa

 

Batman Begins, de Christopher Nolan

Gostem ou não do trabalho do cineasta Christopher Nolan, o fato é inegável: ele é o responsável por mudar o cenário do cinema comercial norte-americano nos primeiros anos do novo século. E esta mudança teve início em 2005, com Batman Begins. Ciente do fato de que o público também está diferente, mais cínico, e que o mundo não é mais dividido em preto e branco (leia-se: mocinhos e vilões bem definidos), o cineasta renovou a franquia Batman – o que parecia impossível após o carnaval de Joel Schumacher – ao transformar seu herói em um personagem complexo, traumatizado e extremamente perturbado. Ao calcar o universo do Homem-Morcego na realidade, encontrando uma justificativa lógica para seu nascimento (“É preciso se tornar um símbolo”) e para cada detalhe de seu uniforme, Nolan construiu algo mais que um filme de super-herói, mas uma alegoria sobre o medo e sobre o mundo moderno, dando início à trilogia que – queiram ou não, para o bem ou para o mal – revolucionou o gênero. Talvez ainda seja o filme mais fraco da trilogia, mas mesmo assim é fundamental por um simples fato: ser a semente de tudo o que estava por vir.

- Silvio Pilau

 

Caché, de Michael Haneke

O singular exercício de medo de Haneke é um filme-sinônimo do seu cinema: o histórico ainda recente de racismo em muitos países – nesse caso, a França – bate à porta da classe média de forma provocadora onde, através de um simples elemento, se destrói a estabilidade de seus protagonistas alienados pelas sensações de segurança e conforto: uma câmera que, registrando o movimento de uma casa e do movimento das pessoas que entram e saem, traz à tona os erros e perversões do passado de um dos protagonistas que, quando revelado, torna-se tão intimidador quanto a figura que o persegue, desabando, cada vez mais, em uma avalanche de ódio étnico. Quando Haneke leva o “violento passivo” à frente de uma câmera que tudo vê, revela-se a violência invisível e destruidora perpetrada nas últimas décadas: se antes explícita e gráfica, agora cínica e e silenciosa – mas ainda igualmente opressiva e truculenta. Caché – ou traduzindo, “esconderijo” - é sobre o lado feio e violento do cidadão comum que se não vemos tanto, presenciamos frequentemente. E é justamente por isso que, quanto menos Haneke mostra, mais medo sentimos.

- Bernardo D. I. Brum

 

Do You Like Hitchcock?, de Dario Argento

A filmografia recente de Dario Argento costuma dividir as opiniões até mesmo entre admiradores do mestre italiano. Se a estes últimos filmes feitos na década passada faltam a excelência das obras-primas que concebeu em épocas mais remotas, eles se ressentem também por não possuírem um status de clássico que, na maioria das vezes, mesmo nos melhores casos, só o tempo é capaz de conferir, aumentando as suas potências mais evidentes. Não que se deva fechar os olhos e tornar-se cego diante de eventuais problemas de alguns desses filmes em questão, porém não enxergar as qualidades ainda acima da média (se não a do próprio Argento, ao menos de muita coisa enaltecidas em gêneros como terror e suspense) é um caso de miopia ainda mais grave. Do You Like Hitchcock? é um thriller paranóico e um filme cinéfilo como nenhum outro do diretor italiano, brincando com as referências a Alfred Hitchcock que no fundo permearam sempre a sua obra, levando influências como essas a níveis extremos, amplificando o choque e a violência que na tela se materializam de modo que Argento uma vez mais alcança a pura expressão num filme de investigação e jogo de aparências. Se há crise no Argento atual, ela não é mais que um reflexo da crise que o próprio cinema há muito atravessa (porque Argento é o Cinema).

- Vlademir Lazo

 

Garota da Vitrine, de Anand Tucker

Para o público mais jovem, Steve Martin é aquele cara de cabelo branco, meio sem graça, que teima em estrelar refilmagens que não levam a lugar nenhum como A Pantera Cor de Rosa, Doze é Demais e O Papai da Noiva. O que esse pessoal infelizmente não sabe é que Martin é um dos maiores comediantes americanos da era pós-Jerry Lewis, uma espécie de precursor dos astros que brilhariam nos anos seguintes, como Eddie Murphy, Dan Aykroyd, Jim Carrey e Adam Sandler. Para que tem dúvida, separe um fim-de-semana na folhinha do seu calendário para (re)ver O Panaca, Cliente Morto Não Paga, O Médico Erótico e Um Espírito Baixou em Mim (todos dirigidos por Carl Reiner, outro papa da comédia da terra do Tio Sam), e não ria se for capaz. Além de atuar, Martin também escreve livros, roteiros para cinema, peças de teatro e ensaios jornalísticos. Garota da Vitrine é seu romance de estreia. Em 2005, com roteiro dele mesmo, o texto foi adaptado para o cinema. E apesar do belo resultado, por uma dessas razões que não consigo decifrar, foi simplesmente ignorado pelo público. Steve Martin faz o milionário Ray Porter. Claire Danes – bem antes de sonhar em viver uma agente bipolar da CIA, na série Homeland – é Mirabelle, uma balconista de uma loja de departamentos. Ambos se conhecem por acaso e começam a se relacionar. Aos 27 anos, com tendências depressivas, e carente da figura de um pai, Mirabelle se apaixona perdidamente. Porter, nem tanto. Para ele, comprar coisas é algo bem menos complicado do que amar uma pessoa. No seu inconsciente, Ray Porter permanece na eterna busca da mulher perfeita (sua mãe?). E ao não reconhecer o lado quixotesco dessa procura (afinal de contas, que mulher seria mais perfeita que a sua mãe?), está condenado a relacionamentos vazios e superficiais. Apesar disso, Mirabelle sairá dessa história revigorada, madura, feminina. Rico no conteúdo psicológico e certeiro no tom de romance e comédia (“Oh Ray... Oh Ray...”), está na hora de o público descobrir este belo Garota de Vitrine.

- Régis Trigo

 

Marcas da Violência, de David Cronenberg

Marcas da Violência profana as escrituras e retifica o mito do assassínio original em página nova, onde Abel mata Caim, ganha o perdão no lugar do exílio e funda sobre seu corpo o edifício da sagrada família, misturando no mesmo barro o sangue inocente com o maligno. Porque há um mal, atávico e milenar, que sopra do Mediterrâneo no ouvido dos homens e contra o qual não vale a composição dos velhos testamentos, por isto Marcas da Violência é menos sobre a história das fundações e as fundações da História do que sobre o papel do perdão na manutenção do mundo; um perdão não ao indivíduo, mas à natureza e seu mistério, interregno rudimentar geradouro do bem e do mal, do pai e do assassino. Não importa que seus prodígios se extraviem, a violência acaba sempre por encontrar um caminho de volta, e é natural que se proceda no seio da família a esta esquize elementar: entre o filho puro e o corrompido, entre o pai e o estranho. Daí a beleza da composição de gestos na cena final. Restaurar a casa que tomba sem esquecer que em nossa pedra angular foi imolada uma criança.

- Luis Henrique Boaventura

 

Maria, de Abel Ferrara

A imagem nunca ganhou uma atenção tão exclusiva por parte de Ferrara quanto neste filme, que também discute a fé e o ato de acreditar voluntariamente em algo que não se pode ver. Seja a situação bíblica de Maria Madalena vendo Jesus Cristo ressuscitado, e por isso crendo no milagre, ao contrário de outros personagens que não o avistaram; seja com a atriz que interpreta Maria no filme dentro do filme, que decide intensificar sua fé e estreitar laços com sua personagem depois de enxergar aquilo que antes lhe parecia tão distante – tudo é uma questão de motivação. Por que, para muitos, é preciso ver para crer? Não consiste a fé também em acreditar em algo não material e palpável? Por que a imagem religiosa (estátuas, fotos, crucifixos etc.) é um recurso tão essencial na adoração cristã? E, num entendimento mais amplo, como a imagem no cinema pode ser explorada de diferentes formas, cada qual atingindo maior ou menor intensidade, sendo capaz de persuadir ou não o espectador a criar uma relação de crença momentânea naquilo que está assistindo. A atriz que foi contagiada a crer depois de lidar com as imagens, ou o apresentador de TV que apenas as usa indiferentemente para seus objetivos práticos – cada qual tem uma relação diferente com este recurso primordial do cinema, pois também é preciso ter fé naquilo que se enxerga.

- Heitor Romero

 

Munique, de Steven Spielberg

Tecnicamente, Munique mantém o alto padrão de qualidade das produções de Steven Spielberg, seja na precisa reconstituição de época e dos fatos (a sequência do primeiro ataque terrorista é dotada de tensão e realismo equivalentes à elogiada invasão à Normandia de O Resgate do Soldado Ryan), seja pelo modo como a fotografia dessaturada externa (e torna contagiosa) a angústia do protagonista, personagem dotado de uma complexidade que exime a trama de um maniqueísmo cretino. Assim, Spielberg adota uma abordagem isenta e torna o projeto diferenciado, maduro. Filho de judeus, o cineasta se desapega de qualquer tipo de parcialidade em prol de uma obra reflexiva, transformando a represália a um ataque terrorista no terror em si – mensagem que se torna ainda mais relevante se considerada a “guerra ao terror” imposta pelo governo Bush, anos antes. Foi desse modo que Spielberg, diretor reconhecido pelo tratamento estritamente comercial de seus filmes (A Lista de Schindler e A Cor Púrpura como exceções), concebeu o projeto mais ousado, maduro e completo de sua carreira.

- Rodrigo Torres de Souza

 

Pesadelo Mortal, de John Carpenter

Muitos apreciadores de John Carpenter acreditam que Pesadelo Mortal, trabalho do diretor para a série Masters of Horror, poderia ser uma obra-prima caso não se limitasse a cerca de 57 minutos de duração. Apesar disso, considero PM não só uma obra-prima, mas uma das mais fulminantes declarações de amor ao cinema dos últimos anos. Carpenter, recuperando um tanto da essência do não menos delirante À Beira da Loucura (1994), atravessa violentamente as fronteiras subjetivas que separam realidade e ficção, criando um exercício de metalinguagem tão visceral quanto necessário para o gênero a que sempre se dedicou. O filme conta a história de um homem que procura um maldito filme chamado La Fin Absolue Du Monde, que teria causado uma onda terrível de violência quando exibido pela primeira e última vez em um festival de cinema fantástico. La Fin..., de acordo com a esposa de seu falecido diretor, foi produzido por aqueles que também produzem o caos, a tristeza, o sofrimento e a fome, isto é, o próprio Mal. Mas bem e mal não são outra coisa que não projeções dos sentimentos humanos; os mesmos sentimentos que fazem da arte, no caso o cinema, uma arma. E é com essa fé na possibilidade de romper limites, de que carrega uma poderosa arma em suas mãos, que Carpenter nos abandona dentro de seu caos fílmico, com o intuito de mostrar que não basta amar o cinema, é preciso conquistá-lo, senti-lo em todas as suas arrebatadoras possibilidades, para que assim a experiência se complete.

- David Campos

 

Ponto Final - Match Point, de Woody Allen

Rodado na Inglaterra após não ter conseguido financiamento na terra onde concebeu “Manhattan”, “Match Point” traz Woody Allen no terreno do adultério numa trama inventiva e literalmente envolvente, abordada através da metáfora de um jogo de tênis, precisamente o momento em que uma bola dança sobre a rede, prestes a cair para algum dos lados, determinando quem ganha o ponto. Discute-se a sorte propriamente, algo que o personagem de Jonathan Rhys Meyers, um professor de tênis, terá de ter. E ele a tem, a princípio, quando se vê no meio do glamour de Londres após se casar com a filha de um aristocrata. Ano em que Allen completou 70 anos, novas perspectivas lhe surgiram e o cineasta aventurou-se num suspense charmoso, distanciando-se do humor habitual que predominava na filmografia e viria a continuar em suas próximas obras. É de fato diferente, os diálogos menos precisos e a dinâmica complacente, a finalidade da trama facínora faz ponte com Dostoiévski e seu “Crime e Castigo”, obra instantaneamente mencionada. Ali ele descobriu em Scarlett Johansson uma potencial nova musa – e que musa.

- Marcelo Leme

 

O Segredo de Brokeback Mountain, de Ang Lee

Os caubóis viraram ícones do cinema norte-americano como símbolos de brutalidade e macheza (no sentindo estúpido intrínseco à palavra). Não por menos o gênero western tem muitos exemplares considerados preconceituosos, principalmente com a mulher vista de forma pejorativa. Nada mais significativo, portanto, que um filme sobre o amor entre dois homens ter, como personagens, dois machos com pinta de caubóis. Passado na década de 60, o filme mostra que aos poucos a aceitação da homossexualidade na sociedade avança (não se teme mais, por exemplo, não ter um casamento de fachada e morar com alguém do mesmo sexo), mas preconceitos ainda permanecem. O pior, com uso da violência. Nesse sentido, Brokeback é urgente como cinema. Além de abordar a intolerância, e porque não a ignorância, Ang Lee ilustrou o amor em essência. O sentimento que resiste ao tempo, ao espaço e a morte. E também filmou uma das mais belas cenas da década, aquela em que a filha de Ennis comunica o casamento ao pai. Este, receoso, rompe seu medo e diz à filha que irá à cerimônia. Depois, fecha um simbólico botão de camisa, como quem diz um duplo sim.

- Emilio Franco Jr.

 

O Signo do Caos, de Rogério Sganzerla

Quando entrevistei Adirley Queirós à frente do Vila Rica, na última edição da Cine Ouro Preto, dentre tantas frases memoráveis uma foi especialmente marcante, e retornou à memória durante minha revisão deste O Signo do Caos, testamento cinematográfico do mestre Rogério Sganzerla. Dizia Adirley que ele, enquanto diretor, não “domina os filmes”, e sim “solta os filmes”. À exceção dos trabalhos em que se identifica um excesso de cálculo do cineasta para construir sua idiossincrassia particular, seu famigerado toque d'auteur, ou cuja narrativa é minuciosamente lapidada por ele até que não sobre qualquer aresta, em geral os grandes filmes, enquanto vivem, se excedem, se entortam e fogem do controle do artista, possivelmente pra provarem que, depois de “soltos”, eles vivem por seu próprio controle, como feras indomesticáveis. Este turbilhão de ideias e reflexões de Sganzerla em torno do cinema, da censura e da gestão cultural no Brasil é o que poderia haver de mais visceral em um filme, e se com ele o cineasta nos ensina a “tirar o cinema do quarto de brinquedos” é porque em toda sua fúria, excesso, desvios e loucura não há sequer um plano que não se apresente como uma célula viva, ansiosa para se libertar dos demais planos e implodir aos olhos do espectador. Um necessário Frankenstein do cinema nacional deste novo século.

- Daniel Dalpizzolo

 

Star Wars Episódio III - A Vingança dos Sith, de George Lucas

Dois filmes no mínimo irregulares deixaram certas cicatrizes no caminho de A Vingança dos Sith, capítulo que encerrou de forma bastante satisfatória uma duvidosa e aguardada nova trilogia. Cercado por incertezas, acabou carregando o fardo de ter que, logo no mais importante episódio de ligação entre todos os seis filmes, não apenas preencher as pontas soltas da história até então, mas também se preocupar com um monte de fan service para tentar agradar quem até então só havia tacado pedras para esse retorno de Star Wars ao cinema. Independente da resposta do público, A Vingança dos Sith cumpre o seu papel e não deve nada aos exemplares originais (é melhor do que O Retorno de Jedi, inclusive), mesmo com seu excesso de fundo verde e canastrices (como o ‘Noooooo’ que encerra o filme). O tom de urgência é dosado na medida certa, perdendo espaço apenas para um romance mal contado e desinteressante. Ainda assim, o filme resgata o bom humor, o carisma dos personagens e deixa a infantilidade excessiva de lado, nos lembrando do porque Star Wars é tão grande, com pelo menos meia dúzia de cenas inesquecíveis, para o bem ou para o nascimento do mal. Tenhamos um pouco de boa vontade a mais com ele.

- Rodrigo Cunha

 

V de Vingança, de James McTeigue

Gostar de V de Vingança não necessariamente determina também os seus gostos políticos e sociais. Um filme amado e odiado, por conceber na forma de entretenimento um quadro sobre uma busca utópica, através do caos e da revolução. O poder na mão do povo. Só no cinema mesmo. A verdade é que os irmãos Wachowski (àquela época, ainda dois homens) foram inspiradíssimos ao trazer para as telas uma versão da graphic novel de Alan Moore. Apesar de a direção ser do então inexperiente James McTeigue, o filme é todo dos diretores de Matrix, pois se trata de um trabalho cheio de estilo, visualmente grandioso e de plot viciante, que dá energia para tentar combater o falido sistema em que nos encontramos. Por alguns minutos, é claro! Não sei se hoje, quase 10 anos depois, o cinismo corrente acataria tal obra (está muito mais difícil convencer o público, que de forma geral quer escapismo), mas em 2005 teve seu espaço e conquistou uma pequena legião de fãs, até hoje.

- Alexandre Koball

Comentários (45)

Tony Pugliese | quinta-feira, 07 de Fevereiro de 2013 - 10:45

Só que essa geração cresceu e, com ela, as críticas ficariam mais pesadas. Parte do misticismo que acompanhou as séries tornar-se-ia desconhecido para as novas gerações. De forma quase inacreditável, tanto no caso do RPG quanto do Cinema, as críticas pontuais dos filmes e jogos atuais revelam e tocam em pontos que, considerados clichês, outrora no passado, eram endeusados e desejados pelo público real.

Pouco dos filmes e jogos mudou. Quem mais mudou fomos nós.

Tony Pugliese | quinta-feira, 07 de Fevereiro de 2013 - 10:46

Bom comentário quanto ao Eps. III, meu amigo!

Gostaria de poder voltar no tempo só pra ver a cara das pessoas que zombavam da Natalie Portman, falando que ela ficaria marcada para sempre por esse personagem. Todos evoluímos, ainda bem. E, no caso dela, nem demorou tanto assim. O próprio Closer foi um "cala boca" de primeira grandeza.

Quanto a série em si, Star Wars passa por um momento muito singular, muito parecido, se me permitem, resgatando a origem do CINEPLAYERS como fórum de cinema e videogames, com algumas famosas franquias dos consoles, como Final Fantasy, por exemplo. Foram novidades quase inebriantes. Fizesse sol ou chuva, neve ou tempestade, você tinha que assistir aquele filme ou jogar aqueles jogos. Eles foram, por um tempo, um marco de uma geração.

Raphael da Silveira Leite Miguel | sábado, 09 de Fevereiro de 2013 - 12:00

Muito boa lista, esse ano realmente teve muita coisa boa.

Dos que ví na lista (Batman Begins, O Segredo de Brokeback Mountain, Ponto Final - Match Point, Star Wars Episódio III - A Vingança dos Sith e V de Vingança), achei válido a presença de todos.

Também achei interessante a presença de outros que quero muito ver: Amantes Constantes, Caché, Desafiando os Limites, Marcas da Violência e Munique.

Fora esses, tivemos ainda alguns que achei interessante mas que não me despertaram tanto interesse em ver: Do You Like Hitchcock?, Maria, O Signo do Caos e Pesadelo Mortal.

Restou citar o filme Garota da Vitrine que não achei interessante ser lembrado, até gostei das sugestões de filmes em que Steve Martin roteiriza, mas esse não. Em seu lugar tenho três sugestões: Sin City - A Cidade do Pecado, O Senhor das Armas e Cidade Baixa (na cota de filmes brasileiros).

Patricia Izilda Silva | quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2013 - 23:56

Melhores do ano O Segredo de Brokeback Mountain e V de Vingança na minha opinião.

Faça login para comentar.