Um filme colossal, com certeza o maior filme americano do século XX. Foi adaptado da obra de Margaret Mitchell, que em sua época era imensamente popular, com isso fazendo sua produção ser a mais comentada e disputada de Hollywood.
Atores consagrados fizeram testes para os papéis principais, fato que não acontecia com frequência e isso só prova que não era qualquer filme que estavam produzindo.
Como toda superprodução, ocorreu problemas e o mais visível e comentado foi a troca sucessiva de diretores, que ao todo foram três: George Cukor, Sam Wood e Victor Fleming. Este último foi quem levou os créditos e o ambicioso produtor David O. Selznick comandou e mandou com pulso firme em todos os aspectos desta grandiosa produção.
Clark Gable já era uma estrela nesta época e foram os leitores que o escolheram para viver Rhett Butler, nem Selznick pode fazer nada a respeito e não dá para imaginar outro ator fazendo este personagem.
Scarlett O’Hara ficou para a britânica Vivien Leigh, que em seu 10° longa e sua estreia no cinema americano não poderia ter sido melhor. Sua personagem é o coração do filme, começa como uma menina mimada e ao longo do filme tranforma-se em uma mulher forte e determinada.
Com uma brilhante atuação, Vivien não só fez fama, como conseguiu entrar para a história com sua lendária personagem.
Dos coadjuvantes os maiores destaques são: Leslie Howard (Ashley Wilkes), Olivia de Havilland (Melanie Hamilton) uma das últimas sobreviventes do longa, que lutou para conseguir participar da produção e permanece como uma das personagens mais doces e bondosas do cinema. Por último e de grande importância foi Hattie McDaniel (Mammy), com toques de humor fez um personagem que apesar de estereotipado, ainda é um dos melhores do longa.
Sua estreia foi em dezembro de 1939 em Atlanta, passados mais de 70 anos do fim da Guerra Civil e foi um acontecimento histórico.
Venceu oito de treze indicações ao Oscar, incluindo: Filme, Direção (Victor Fleming), Roteiro (prêmio póstumo para Sidney Howard), Atriz (Vivien Leigh) e Atriz Coadjuvante (Hattie McDaniel, fez história ao ser a primeira atriz afro-americana vencedora do prêmio). O filme ainda recebeu 02 prêmios honorários e o produtor David O. Selznick foi homenageado com o prêmio Irving G.Thalberg Memorial.
Dos prêmios não conquistados, o mais sentido é o da grande trilha-sonora de Max Steiner, que ecoa até hoje como uma das mais marcantes da história do cinema.
Foi o maior de sua época em todos os aspectos, da produção grandiosa ao sucesso nas bilheterias. Em plena 2ª Guerra Mundial, com Londres sendo bombardeada, as filas nas sessões do filme continuavam lotadas.
Agora passados mais de 70 anos, o filme encanta toda uma nova geração, com seus personagens marcantes, sua produção irretocável e o belíssimo colorido do Technicolor dos anos 30.
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