Guardadas as devidas proporções em relação a 2001 -Uma Odisséia no Espaço, notoriamente um dos filmes mais estimados do cinema, sua continuação 2010 - O Ano que Faremos Contato, lançado 16 anos depois, continua sendo um filme ruim. E digo infelizmente porque não sou contra continuações de grandes obras cinematográficas, desde que levadas a sério e com roteiros consistentes, o que não foi o caso do filme em questão.
2010 - O Ano que Faremos Contato é um filme tão limitado que pelo que li em alguns lugares, ele teria sido lançado direto para home vídeo, não sei se apenas no Brasil. É inegável que ele tem mesmo o aspecto de um filme B, notadamente na direção distante anos luz do talento de Stanley Kubrick, roteiro sofrível, apesar de inspirado na mesma fonte que 2001 utilizou. As atuações são canastronas, enfim, é um filme que tenta se sustentar em cima de um roteiro com grande potencial, porém mal aproveitado. Apesar de fraco, narra uma história de ficção científica que intriga as pessoas ao abordar temas como mistérios do Universo e origem da humanidade.
Mas a impressão que se tem é que a intenção foi mesmo a de lucrar em cima da importância que significou 2001 - Uma Odisséia no Espaço, não aproveitando outras nuances do roteiro original, vários anos depois do primeiro filme e já com novas opções técnicas. Preferiu apresentar uma história comercial e com um final constrangedor, mesmo para aqueles que, como eu, preferem conclusões mais racionais, redondas. Também não é a toa que muitas pessoas desconhecem essa continuação, pois ela não é digna de maior destaque.
No entanto, curiosamente, o filme concorreu a 5 estatuetas no Oscar de 1985, todos por prêmios técnicos: direção de arte, figurino, som, efeitos especiais e maquiagem. Não ganhou nenhum. Inclusive, não notei essas supostas qualidades no contexto de um projeto mal realizado.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário