A superficialidade que foi alcançada por este capítulo é intrigante, me arrependi de ser curioso e ter ido conferir o que pra mim, é o pior filme lançado em 2012. Após Eclipse prometi para mim mesmo que não veria mais nada desta série, e agora vejo o quão certo eu estava a um tempo atrás. Os personagens são mostrados de forma mecânica, aparecem e reaparecem, falam uma palavrinha e sorriem, e pronto, é isso o filme todo, acredite. Já que se tornaram ilustres dentre os fãs a sensação que fica é de que não precisam de uma história ou razões que justifiquem suas ações, atitudes ou o sentido da mesma, é tudo para ser muito bonitinho, tentar ser tenso e perigoso, e por fim, apaixonante com o público adolescente.
Na sessão que fui (lotada, mesmo após passar todo o barulho com o lançamento), a maioria eram adolescentes, crianças e por ai vai, e acompanhar na telona uma cena constrangedora e olhar para o lado ver uma menina de uns 15 anos chorando feito um bebê é de por em cheque várias questões que acreditamos ser ou não, o limite que leva uma pessoa a se sentir envergonhado por estar num lugar assim. Não consigo compreender o que tem de tão legal neste filme, desculpe-me quem curte filmes assim, mas da direção pobre aos efeitos especiais nada se salva ou justifica tanta cafonice, a relação dos personagens e de como é estruturada e conduzida a trama é de fazer você se envergonhar, nos faz lembrar de novelas vespertinas mexicanas ou séries de TV de menor expressão por ai.
Toda vez que um personagem se move, mesmo que seja para pegar um livro na estante, é necessário ouvirmos um efeito sonoro irritante (de como se estivessem andando na velocidade da luz), me lembrando de toda vez que o Super-homem ia voar no seriado Lois e Clark dos anos 90, além da péssima qualidade empregada nos mais inúteis truques utilizados, como o bebê em CG desnecessário, por exemplo. A batalha derradeira tem lá seus charmes, embora continue em nível de podridão se comparado até mesmo com filmes de menor expressão, que se utilizam dessas técnicas para se vender. Poxa, essa saga é lançada com certeza de arrecadação, então porque não gastar um pouquinho mais e caprichar em seu trabalho técnico? Lamentável.
A fluidez da história é ridícula, num momento Bella está caçando um veado, mas ao ver um homem, parte para o ataque, para segundos depois após ser convencida, o corte voltar de onde parou, sendo praticamente o mesmo enquadramento anterior, num exemplo de falta de sutileza com edição e fluidez. Outro exemplo são os testes ridículos em que os atores se expuseram a realizar, como a parte da queda de braço ou do campo de força da protagonista, sempre acompanhado pelos rostos pálidos e sorridentes. Talvez um dos cúmulos seja na parte onde anoitece, e surpreendentemente vemos Jacob dormindo no sofá, cansado de cuidar de um bebê, o que nos faz lembrar de que lobisomens de verdade fazem da noite sua existência ser realizada.
E é isto. A série chegou ao fim sem avançar tecnicamente ou artisticamente, mostrando que seus realizadores estavam apenas preocupados com faturamentos envolto à indústria, comercializar produtos e contribuir para empobrecer a mentalidade dos adolescentes atuais. Definitivamente o cinema não precisa disto, ou precisará. Pena mesmo é que em breve teremos mais séries, trilogias e etc deste nível, em vista a literatura adolescente presente nas prateleiras do comercio, que em breve, tomarão as salas brasileiras e mundiais novamente.
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