Esta Saga Crepúsculo é sem dúvida uma das mais sem vergonha da história cinematográfica. Me pergunto como é que conseguiram tantos fãs para estes filmes ridículos. Se o primeiro filme foi um desastre, com suas atuações, trama e efeitos visuais medíocres, aqui nada se arruma, apenas piora ainda mais. Este Lua Nova é inferior ao seu antecessor devido a tantas bobagens que desfilam em tela, que lá pra metade da projeção, apenas envergonham quem está assistindo, onde público se encontra em estado total de frustração. Esperava que no segundo capítulo, os produtores corrigissem os erros cometidos no original, mas o que fazem é justamente aumentá-los. O problema é que este capítulo arrecadou muito mais que Crepúsculo, o que fez os produtores rirem à toa.
Não se engane, Lua Nova é um porre. Só adolescentes histéricas de no máximo 16 anos, que leram todos os livros e são apaixonadas por Edward, conseguem apreciar esta “obra de arte”. A história consegue ser mais irritante que a de Crepúsculo, que no mínimo era original em alguma coisa, o que aqui nada de bom acontece. São mais de 2 horas de uma enrolação amorosa que dá sono e raiva por seu marasmo completo, sem emoção e sem sal. Bella está mil vezes mais insuportável aqui do que no primeiro filme, com todo o pesadelo que a mesma enfrenta com a partida de seu amado. Nossa, parecem até que eles se conheciam a anos, pois a moça quase infarta de dor pela perda do vampirão. Em Lua Nova o que menos importa é verossimilhança em suas cenas, tudo aqui é feito para arrancar gritos de histeria das adolescentes no cinema.
O filme pode ser dividido em 3 partes: A primeira é a partida de Edward. O filme já começa derrapando, pois vai contra tudo que é mostrado no primeiro filme. Edward, um cara super gentil, extremamente apaixonado e super protetor de Bella, de uma hora para outra, torna-se um cara arrogante, que chuta sua amada sem peso algum na consciência. Mesmo que seja por motivos nobres, não se é explicado motivos quando acontece. Pronto, depois disso o vampiro sai de cena para explorar outro “xodó” da mulherada, o lobisomem Jacob. Sem dúvida a parte mais chata de todo o filme está aqui. O relacionamento sem sal que vai se desenrolando entre eles é horrível e sofrível de acompanhar. Sem um desenvolvimento convincente, onde a sensação de atropelamento é inevitável, chegamos a terceira e última parte, que traz de volta Edward, e adivinhem: Ele voltou a ser o galã romântico do primeiro filme, mais uma vez de uma hora para outra.
Ok, o que falar de Lua Nova? Vamos falar da exploração do novo monstro bonitão do pedaço, Jacob. O garoto, que pouco aparece em Crepúsculo, aqui dá as caras bombado, fazendo de tudo para conquistar sua amada Bella. O problema é que não tem fundo este romance, ou melhor esta tentativa. Não existe peso em seus sentimentos, força ou seja lá o que for. Não dá para o público passar a acreditar no personagem de uma hora para outra, após a saída de Edward. Tem passagens que chegam a ser ridículas de tão fracas e sem expressividade, envolvendo Bella e Jacob. O lobisomem é arrogante e extremamente canastrão. Não tem a mesma “classe” de Edward, digamos assim, que acostumou o público a acompanhar no primeiro capítulo e início deste segundo.
E o que dizer então da maldição que cerca Jacob e sua transformação em Lobisomem? Em primeiro lugar aqui não existe lobisomem, apenas um lobo grandão que mais parece um urso de pelúcia. Meyer transformou o lobisomem, da mesma forma que fez com os vampiros, em seres bonitinhos e meigos, para uma maior apreciação feminina jovem. Em determinado momento, Jacob fala para Bella que esta transformação lhe acompanhará até o fim de sua vida, dando a entender que é perigoso estar com ele. Mas vejamos, o cara transforma em lobo na hora que quer, durante dia e noite, não perde o controle de sua sanidade, muito menos sai por ai matando tudo e todos. Agora me diga, isto é um presente divino ou realmente uma maldição? Pelo que eu sei, lobisomem é bem diferente disto ai...
Pelo menos uma coisa este filme acertou. Edward passa mais da metade da projeção fora de cena, o que nos salva momentaneamente de sua atuação impecável. Não, agora é sério, com isso cria-se algo a mais que envolta o vampiro, uma aura misteriosa, pois a tanto tempo de fora, não sabemos o que está acontecendo. Mas morre ai, no momento em que aparece novamente. A cena em que descobre que sua amada aparentemente morreu, beira ao ridículo total, mostrando o vampirão desesperado, pensando até em se matar, pois não viveria sem ela. Como que uma situação dessa, tão forte e marcante vai surtir efeito, tendo em vista total falta de compromisso dos roteiristas e do diretor em apresentar algo no mínimo interessante e que capte a atenção do público?
As arrastadas e sem sentido cenas finais, passadas na mansão dos Volturi, são para finalizar com chave de ouro este capítulo. Sequências sem lógica, personagens caricatos demais para estarem ali, uma traminha vagabunda que não sustenta nada que está na tela, tudo isto está presente na sequência final. Toda aquela constrangedora tentativa de Edward em se matar soa tão falsa que pode até mesmo arrancar risadas. Em algum momento você, que também assistiu este filme, pensou mesmo que Edward morreria? Faça-me o favor. Sem clímax nenhum, o diretor Chris Weitz acredita que está “abafando” com seu final assustador e tenso, quando no contrário está matando o público de raiva e frustração.
Lua Nova é isto. Deixei de comentar muitas passagens ridículas que estão presentes no filme, mas se o fizesse, me estenderia mais que o necessário. Poucas coisas, mas poucas mesmo aparecem aqui neste segundo capítulo. Podemos afirmar que tecnicamente o filme está superior à Crepúsculo, mas apenas isto nunca seria suficiente para deixar este filme interessante. O confronto sem clímax de Edward e Jacob no final representa muito bem o que foi o filme todo. Uma enrolação sentimental barata que coloca Bella na indesição, se fica com Edward ou Jacob. Insuportável, do início ao fim, este Lua Nova é o pior da saga, sem dúvida alguma.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário