EXCELENTE FILME EM SUAS ATUAÇÕES E NO CONCEITO DO ROTEIRO QUE NOS CONDUZ PARA UMA IDÉIA QUE TODOS ESCOLHEM O QUE QUEREM PARA O BEM OU PARA O MAL, NÃO É PARCIAL DIZENDO QUE TUDO É CULPA DE UMA FORÇA MALIGNA:
Keanu Reeves que nunca me chamou a atenção em suas atuações, apesar de não ver uma excelente atuação nesse filme, ele ao menos esta convincente em seu arrogante Kevin Lomax, sempre dizendo que convence qualquer juri, acaba se perdendo em um mundo aonde a lei é seguida a bel prazer de quem possui dinheiro para pagar por ela.
Charlize Theron sempre bela e talentosa interpretando Mary Ann Lomax,
No inicio a esposa sonhadora com a vida melhor e os beneficios de Nova York, com Kevin trabalhando em uma grande empresa de advocacia, ela abdicou de sua carreira para se tornar apenas a esposa de Kevin Lomax.
Mais depois não se acostumou e vemos sua tortura mental sua perda de sanidade, cada vez mais no fundo do poço daquele mundo de felicidade plastificada as custas do sofrimento alheio, Theron compõe com maestria essa transformação da bela sonhadora companheira de Lomax para a perturbada mulher naquela mundo de decadência moral.
Temos também Judith Ivey interpretando Alice Lomax, uma mulher devota com uma certa hipocrisia com seus segredos e erros do passado, tem seu discurso com seu filho que Nova York é uma babilônia, realmente uma bela atuação de Ivey.
Agora vem a emblemática atuação de Al Pacino, no personagem de Milton eloquente com as mulheres e sócios.
Milton parece sempre saber o que todos querem(principalmente Kevin Lomax), mais quem é esse cara que sempre esta um passo a frente de todos e sempre sabe o que o apetite humano deseja, Al Pacino vai da atuação contida, que com sua eloquência e gestos parece controlar a todos, até chegar em sua atuação explosiva no monólogo final
Mais o filme ainda conta com um roteiro muito bom, como citei no inicio do texto, nos conduz a idéia que apesar do filme ter a liçenca poética e dizer que tudo de certa forma é conduzido pela mão de Jonh Milton, o filme não isenta a humanidade que possui o livre arbitrio e faz escolhas ruins.
Milton diz em seu monólogo diz que não puxa as cordas e controla a vontade humana, ele só alimenta as sensações que o homem quer provenientes de: Luxuria, dinheiro, poder etc...
Eu penso assim o mal é inerente no ser humano e não se pode culpar a figura demoníaca sempre por nossas falhas e escolhas em minha humilde opinião, o filme consegue ser imparcial e deixar Lomax refletir se tudo aquilo não foi sua culpa também, de sua sede de poder, arrogância e vaidade
Hackford mostra domínio técnico, entregando uma bela parte técnica final com efeitos especiais usados na hora certa crucial sem exageros.
Um final surpreendente mostrando que o mal tem suas formas de continuar no jogo da manipulação, por conta da fraqueza e desejos do homem, ele sempre vai jogar em sua falha de caráter.
Porque o ser humano precisa ser visto admirado mesmo que isso custe prejudicar os outros tudo vale para a satisfação dos narcisistas,
Milton sabe disso e vai continuar sempre manipulando quem possui esses sentimentos maldosos porquê para John Milton:
"A VAIDADE É DEFINITIVAMENTE O SEU PECADO FAVORITO"
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