“Alien, O Oitavo Passageiro” (1979) é um clássico da ficção científica, e um dos primeiros filmes dirigido por Ridley Scott. Gerou várias continuações de respeito e alguns filmes paralelos meio desnecessários, como “Alien vs. Predador”. Em 2012, Scott dirigiu “Prometheus”, ficção científica na qual grupo procura, a partir de informações extraterrestres, a chave para a criação e a eternidade. O final de “Prometheus” evocou os temíveis aliens. Logo que sua continuação foi anunciada por Ridley Scott, tornou-se uma das mais aguardadas. Afinal, quase quarenta anos depois, Scott voltaria a dirigir os aliens.
Mas “Alien: Covenant” não é o "grand finale" que se esperava da história. O filme demora um pouco a engrenar, perdendo muitos minutos iniciais, embora a conversa no prólogo entre criador e criatura, evocando “Prometheus”, seja muito boa. Aliás, é disso que o filme trata: da criatura que quer imitar seu criador, desafiá-lo e brincar de ser deus. Dá no que dá, e os aliens aparecem para provar. Mas, como em “Prometheus”, falta a “Alien: Covenant”, personagens mais marcantes. Personagens que possam dar à história ação mas também questionamentos, um pouco de metafísica – como o androide de Michael Fassbender. Porque a maioria dos personagens está lá apenas para ser dilacerado, devorado.
O elenco e seus personagens não são tão bem aproveitados. “Alien...” contava com Sigourney Weaver, John Hurt e Ian Holm, e “Prometheus” com Michael Fassbender, Charlize Theron, Guy Pearce e Idris Elba, entre outros. Michale Fassbender, aliás, repete aqui seu papel de androide em “Prometheus”.
Por essas e outras, “Alien: Covenant” não é o grande retorno da ficção e do terror. Talvez nem tenha sido concebido para tal, como indica seu final: continuações virão.
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