Brasileiro é foda, quando não caga na entrada, caga na saída. Depois de uma safra de boas e até excelentes filmes nacionais "voltamos" às origens com o Amanhã Nunca Mais, de Tadeu Jungle, com elenco convidativo. Logo na primeira cena, o telespectador se ajeita na poltrona e pensa "opa lá vem coisa boa", mas 20 minutos depois, "caralho, será que devolvem o dinheiro?". O filme conta a história de Walter (Lázaro Ramos), um médico anestesista, atormentado pelos pesares de uma vida urbana, sem emoções, autonomia, prazeres e desconforto pela sua incapacidade de não saber lidar com sua timidez e não conseguir dizer "não". Casado com a gostosinha Solange (Fernanda Machado) vive um casamento insosso cercado de "desculpas" e "o que eu podia fazer?". A coisa segue durante uma noite em que Walter, em virote de plantão, tem a missão, de pegar um bolo na confeiteira e levar no horário para a festa de sua filha, encarando todos os micros infortúnios e catástrofes que possam lhe ocorrer. E aí vai, vai, vai, vai e vai, até que acaba e você pensa "não é possível, é muita sacanagem... mas ainda bem que acabou". As únicas coisas aproveitáveis são algumas fotografias e montagem de cenas e a tentativa de Lázaro Ramos e Maria Luisa Mendonça, Fernanda Machado, Milhem Cortaz, Luis Miranda tentarem salvar o filme, sem sucesso. Nem os fodões Arnaldo Antunes e Abujamra acertaram na música. Amanhã Nunca Mais, nunca mais!
Infeto.
salvador , BA
Faço minha as palavras desta crítica. Que final horroroso! Tinha tudo pra dar certo