Uma maravilhosa história sobre a efemeridade do amor. O filme consegue nos passar de forma sutil como são passageiros nossos sofrimentos e aflições.
Você tem um relacionamento de 5 anos e por um motivo qualquer você passa a ter que viver longe desta pessoa. Um dia, quando menos se espera, essa pessoa não atende mais seus telefonemas, não deixa mais mensagens em sua caixa postal. O mundo parece ir ao chão. Buscamos nossas válvulas de escape: Bebida, prática exaustiva de exercícios, uma quase overdose de abacaxi enlatado. Tentamos ligar para todas as pessoas que ja passaram em nossas vidas em busca de alguém que te faça esquecer seu sofrimento. Sem sucesso. Parece que nada vai te tirar daquele abismo. Mas um dia, quando menos se espera, você abre uma lata de sardinha e percebe que elas estão mais saborosas. Você passa a observar mais ao seu redor e o mundo parece ser outro, bem diferente daquele em que você estava no dia anterior.
Isso tudo é passado de uma forma sublime, duas histórias que tem como conexão uma lanchonete de fast-food, um esbarrão, uma coisa simples, que acontece diversas vezes todos os dias. Que conexão estes esbarrões representam? Na maioria das vezes nada. Como o diz o narrador: "Nós nos cruzamos todos os dias. Podemos não nos conhecer, mas um dia ainda talvez nos tornemos bons amigos. No nosso ponto mais íntimo, estamos a meros milímetros um do outro."
De forma harmônica esta mensagem é reforçada tanto pelos movimentos da camêra quanto pela trilha sonora (principalmente na segunda história).
Um ótimo filme, com uma ótima mensagem.
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