Quando os betsellers de Dan Brown, sucessos absolutos de vendas e crítica, foram adaptados para os cinemas pelas mãos do diretor Ron Howard, contando com o roteiro de Akiva Goldsman, criou-se muita expectativa e ansiedade em torno da trama, que de longe é uma das mais interessantes e envolventes dos últimos anos. Após o Código da Vinci ser lançado, a grande arrecadação nas bilheterias comprovaram o interesse do público em conferir a adaptação. Em 2009, a continuação Anjos e Demônios, que mantém a mesma equipe do filme anterior, conseguia ser melhor ainda que seu antecessor, também se registrou um enorme sucesso.
Acompanhar este filme nos cinemas se mostrou uma grandiosa experiência pelo fato da exuberância e criatividade do roteiro de Howard, que além de adaptar a obra literária, investiu sua visão em vários momentos, passando assim a ter diretamente seu toque cinematográfico, que por sinal é único. Sua influência na trama e desenvolvimento dos personagens é um fator positivo, que além de acrescentar ainda mais, somando com o já interessantíssimo texto de Brown, deixou esta continuação mais dinâmica e muito mais movimentada do que seu original, aumentando o suspense e as intrigas.
Novamente Hanks empresta corpo e alma ao Dr. Langdon, que por sinal, não poderia ser outra pessoa senão o premiado ator. O brilhantismo e a seriedade que são emprestadas ao personagem deixam as situações ainda mais envolventes e eletrizantes, com seu vasto conhecimento da história, que permite ao telespectador viajar junto com os personagens pelas mais variadas e distintas passagens históricas e bíblicas, que marcaram o desenvolvimento de nossa sociedade. Acompanhar Langdon desvendar os mistérios, decifrar códigos e símbolos, com certeza são momentos de tirar o fôlego.
É fato que Anjos e Demônios é superior ao filme de 2006, levando em consideração sua trama eletrizante e muito mais densa, focando-se em um antigo inimigo da Igreja que aparentemente está de volta nos tempos atuais. A sociedade secreta conhecida como os Illuminati são o grande mistério que Langdon terá que resolver antes que uma tragédia envolvendo quatro cardeais da Igreja sejam mortos de forma violenta e cruel. As reviravoltas, a complexidade em que os acontecimentos são criados e o desenvolvimento da instigante trama e seus personagens deixam este exemplar com cara de Blockbuster de B maiúsculo.
Se a trama está mais envolvente, isso se dá ao fato da exploração, muito bem realizada por Howard, de temas atuais e polêmicos, como o reator nuclear de partículas, além de todos os detalhes que cercam a reunião e divulgação de uma nova santidade papal. Somam-se estes elementos com a trama misteriosa dos Illuminatis e pronto, se tem um filmaço de grande potencial. Claro que algumas explicações ou simplesmente a forma como algumas coisas acontecem não colam, deixando o filme mais cinemão do que uma arte mais aproximada ao real, tal como foi o original.
As cenas finais, envolvendo helicópteros, muita confusão de uma multidão impaciente e esperançosa pelo anuncio oficial do novo Papa são eletrizantes, embora tenham soado mentiroso demais, se comparado ao que vinha sendo mostrado. A seguir, uma grande reviravolta acontece, forçada por sinal, tirando um pouco da seriedade e até mesmo credibilidade do roteiro, mas que no fundo, não apaga todo o brilhante trabalho criado pela equipe técnica, que conferiu muita correria pelas ruas do Vaticano, suspense de primeira, e os mistérios alucinantes que Langdon precisa resolver antes que seja tarde demais. O que não falta em Anjos e Demônios são passagens emocionantes e repletas de energia.
A força adquirida pelos dois primeiros exemplares é algo incrível e a se ressaltar. Da mesma forma que os livros alcançaram grande sucesso nas livrarias, os filmes se saíram muito bem nas bilheterias mundiais, além de conseguirem novos fãs para a saga de Robert Langdon. Estes filmes conseguem prender a atenção do público com muitas referências históricas e bíblicas,o que só faz aumentar ainda mais a ansiedade para a adaptação do terceiro livro da saga, o já consagrado O Símbolo Perdido, que promete levar milhões de fãs aos cinemas, já que recentemente se confirmou que Howard e Hanks estariam novamente a frente do projeto. É aguardar e torcer para ser um grande filme, tal qual foram os outros dois.
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