"Enfrentaremos o terror com o terror".
Muito se falou em torno de Avatar, que dessa vez James Cameron acertou em cheio, que seria o melhor filme de sua carreira e que o Oscar já tem endereço. Besteira.
Não vá ao cinema esperando encontrar um dos melhores filmes de todos os tempos, pois senão irá se decepcionar. Mas agora se você for preparado para presenciar um visual deslumbrante e épico, com efeitos inimagináveis e impressionantes, ainda assim ficará boquiaberto.
James Cameron é ótimo em fazer bons filmes recheados de clichês, se já está acostumado com os longas do diretor, vou logo avisando que é possível prever, já do início, o que acontecerá no meio. Mas não é totalmente previsível a ponto de querer sair do cinema no meio da sessão.
Jake Sully(Sam Worthington) recebe a incumbência de invadir o mundo dos Na'vi e enviar relatórios para o seu comandante sobre pontos fracos ou quaisquer outras coisas que possam ser utilizadas contra os humanoides. Mas ele não contava de gostar tanto assim do povo a ponto de se apaixonar por uma garota de lá, clichê? Sim, mas mesmo assim ainda vale a pena, o talento que faltou na construção do roteiro e de seus diálogos, sobrou na caracterização do visual e dos efeitos especiais.
Para explicar um pouco mais sobre as falhas do roteiro, podemos dizer que vimos muitas daquelas situações em que os personagens principais(aqueles que não podem morrer) são salvos da morte no que deveria ser seu último segundo de vida por alguma intervenção "inesperada", há também o fato de os diálogos não possuírem um maior aprofundamento e não haver nenhum tipo de dificuldade em reconhecermos vilões e mocinhos, os personagens não são muito bem desenvolvidos.
O filme mais caro do ano proporciona um show de tecnologias que ainda nem existem no mundo real, estamos no ano de 2154 aonde o Planeta Terra não possui mais matas, é um mundo perdido que vai tentar se encontrar em Pandora, mas lá tem de enfrentar uma raça perigosa e desconhecida.
O filme não nos apresenta nenhuma surpresa no que diz a parte técnica, tivemos atores interpretando seus personagens sem nenhuma grande atuação. Não comprometendo em nada para uma possível grandeza ou diminuição do filme. Mas suas duas horas e quarenta minutos passam voando, principalmente nas cenas finais em que a trilha sonora foi acertada em cheio contribuindo para a maior emoção e dinâmica do longa.
No final das contas, a conclusão é a de que o filme poderia ter sido a grande obra-prima do ano, um novo "Star Wars" ou "Senhor dos Aneis", mas passou longe, assistimos a um longa com uma experiência visual magnífica, com um roteiro pífio, um diretor mediano, atuações que não comprometeram e uma bela trilha sonora. Mas quem sabe, se realmente virar uma saga como planeja o diretor, algum desses se torne uma grande opra-prima, potencial é o que não falta.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário