Nunca gostei muito dos filmes de Tarantino pois achava-os meio sem pé nem cabeça, mas realmente adorei esse filme. Todos os atores estão excelentes em seus papéis, sendo que quem me surpreendeu foi Eli Roth(em menor escala) e Cristopher Waltz(em maior escala), sendo que acho que se deve a Waltz o sucesso do filme,já que seu personagem possuía tudo para ser ridículo e,caso fosse, iria acabar estragando o filme, pois os "Bastardos" nunca encontrariam um rival á altura. Felizmente, Waltz deu conta do trabalho.
O roteiro e a direção de Tarantino são espetaculares, e os diálogos( há mais diálogos que cenas de ação) são conduzidos com maestria e fluem de forma natural, sempre mantendo o interesse do espectador, já que na maioria deles os assuntos são interessantes, mas muitas vezes o interesse se dá pelo fato do espectador saber que a cena terminará com um conflito, que poderá explodir a qualquer hora do diálogo. Desse modo, a atenção é grande. Outra coisa que mantém a atenção não só nmos diálogos mas no filme em si é o fato de ele ser muito imprevisível.
Também é possível perceber a dedicação de Tarantino na direção, o filme inteiro é pensado e bem bolado, e a trama é espetacular. Tarantino também se mostrou muito criativo e até certo ponto genial por não tentar fazer um retrato da 2 guerra mas transformá-la em um conto,por assim dizer, como é mostrado no começo com a frase "Era uma vez em uma FRança ocupada pelos nazistas...". A Guerra no filme é quase uma coisa ficcional.
E é essa ficção aliada á imprevisibilidade que gera a melhor coisa do filme: a morte de Hitler. POde não ter acontecido daquele jeito e ser,até certo ponto, ridículo, mas a verdade é que todos estão cansados de ver as pessoas "quase matandp" Hitler em todos filmes, sendo que este sempre foge.Com a morte de Hitler, e com a introdução de elementos pop assim como da criatividade de Tarantino, o filme se torna um diferencial no que se trata a filmes da 2 guerra.
Se ele peca,é pelo fato de que as menções a sétima arte mencionadas no filme não são conhecidas por grande parte das pessoas( eu não sei quem é PAbst, por exemplo) e desse modo, quando é mencionado essas referências( como no primeiro diálogo entre Zoleer e Shoshana), o filme pode ficar meio cansativo. Por outro lado, há ótimas homenagens como King Kong(no jogo de cartas) e A Marca da Pantera( a música Cat People, tema desse filme, é tocada quando Shossana se arruma).
Assim, Bastardos Inglórios é um filme com quase nenhum erro e muitos acertos, e com certeza se tornará um marco na história do cinema. Realmente, Tarantino, essa é sua obra prima.
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