(Dolls, EUA, 1987).
Diretor: Stuart Gordon. Elenco: Ian Patrick Williams (David Bawer), Stephen Lee (Ralph), Carrie Lorraine (Judy), Guy Rolfe (Gabriel Hartwicke), Hilary Manson (Hilary Hartwicke), Carolyn Purdy-Gordon (Rosemary), Cassie Stuart (Enid), Bunty Bailey (Isabel).
Depois de negar carona e quase atropelar duas moças na estrada e ter o carro atolado na lama, em meio a uma noite de tempestade, um casal formado pelo pai, a filha pequena e sua madrasta má, buscam abrigo em uma sinistra mansão próxima onde mora um casal de simpáticos velhinhos que fabricam brinquedos de forma artesanal. Logo depois, chegam também um rapaz e as duas moças, a quem ele deu carona na estrada. A mansão é cheia de bonecos artesanais de todo tipo, feitos pelo casal. Aos poucos os visitantes vão percebendo que os bonecos são, na realidade, humanos mortos e miniaturizados pelo casal de velhos, e transformados em bonecos e bonecas de acordo com seus planos macabros.
O diretor Stuart Gordon marcou época nos anos 80 com seus filmes de terror, quase sempre com roteiros adaptados de contos de H.P. Lovecraft, produzidos pela Full Moon Enterteinment, entre eles estão “Re-Animator” (1985), com produção de Brian Yuzna, e “From Beyond” (1986), com co-produção executiva e música de Charles Band e roteiro co-escrito por Brian Yuzna. Considerado um mestre do horror, Gordon foi convidado a participar da série de TV a cabo, norte-americana, “Masters of Horror”, na qual ele ingressou com o ótimo “Sonhos na Casa da Bruxa” (2005). Este “Dolls”, também com a participação de Charles Band e Brian Yuzna na produção, é uma espécie de conto de fadas macabro, excepcionalmente, com roteiro original (de Ed Naha), fugindo da regra de adaptações do universo literário de H.P. Lovecraft, que lembra outro filme da mesma produtora, sobre bonecos assassinos, “O Mestre dos Brinquedos” (Puppet Master, 1989), produzido por Charles Band e dirigido por David Schmoeller. Aqui, os efeitos de stop-motion, que mostram os bonecos em movimento, são simples, porém eficientes. O diretor consegue imprimir uma ótima caracterização no elenco, com destaque para o ator Stephen Lee, o gordinho meio atrapalhado, que insere um pouco de humor à história, e para a menininha Carrie Lorraine, que faz a imaginativa Judy, que se sai muito bem no papel. Com uma atmosfera sombria, unindo elementos do universo infantil ao horror, um pouco de violência e sangue, e uma fotografia enfatizando os cantos escuros, o trabalho resulta em um espetáculo interessantemente macabro. A seqüência do ataque dos bonecos no quarto da madrasta da menininha, merece destaque. Nos anos 80, o filme foi lançado em fitas VHS no Brasil com o título de “Bonecas Macabras”.
A edição nacional em DVD pela Magnus Opus, traz o filme na versão widescreen, com áudio Dolby Digital 2.0 (em inglês). Inclui biografia e trailer. 78 minutos.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário