Colocar Kristen Stewart e Charlize Theron frente a frente em uma disputa, em muitos aspectos é obviamente desastroso. Culpa do estúdio que obrigou a escalação da jovem atriz que protagoniza a Branca, por ser um chamariz ao público jovem, e culpa também da direção que não soube contornar a falta de expressão da mesma atriz.
O óbvio contido nesse filme estão no conto infantil com cartas marcadas, mas também em como elas são conduzidas em um conto obscuro, que só se mostra obscuro na competente direção de arte, pois a trama que não consegue nos convencer que essa pretensa obscuridade tem seu valor.
Não há como crer na candura de Branca, nem mesmo no nobre coração do caçador (Chris Hemsworth), que é um arremedo óbvio de brutamontes atormentado, que por sua vez não nos convence de que sua jornada é válida. A Bruxa (Charlize Theron), por outro lado, acaba desequilibrando essa inexpressividade, sobrando na tela com uma bela interpretação e densidade em seu drama, que cativa quem assiste a ficar curioso por sua história e também sucesso em sua saga maligna.
O que sobra disso são mais momentos de um pretenso épico, requentado de outro blockbusters da moda, e junto a trama se tornam insuportáveis de acompanhar ao ápice da batalha que simplesmente tem de acontecer, tal qual o filme, que teve de ser rodado.
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