Um filme que suscita emoções tão fortes que pode levar o espectador...a querer escrever um comentário para ele! :D
Ponto prévio: como é evidente, ao escrever um comentário para um filme, não é obrigatório “dissecar” as cenas deste mesmo. Por vezes, comentários gerais que expliquem a razão do nosso apreço – ou falta dele – pela obra são mais que suficientes. Contudo, Carrie – A Estranha tem cenas de uma excelência tal que merecem ser analisadas. Então, vamos a isso. O filme começa com uma simples cena em que a “famosa” Carrie White falha um movimento que leva o seu grupo a perder o jogo de vôlei. Não é com intenção que ela o faz, claro, mas isso não impede as suas colegas de a culparem e troçarem dela. Não é preciso muito mais do que isto; já deu para entender que Carrie é como que o patinho feio desta história. E...hum...é curioso ter-me ocorrido a expressão “patinho feio”, já que este filme pode encontrar paralelos nalguns contos de fadas. E isso é só parte da sua riqueza.
Segue-se uma cena de balneário com os belos créditos iniciais (ah, os créditos iniciais dos anos 70...*.*), acompanhada de uma música suave e bela. Para nossa surpresa, a câmera começa a dar destaque ao banho de Carrie. Uma actividade quase banal, mas que, por ser filmada como é e acompanhada por esta música, parece querer dar a ideia de que Carrie é uma figura onírica. Quase como uma fada, quiçá como uma musa. Uma cena bela que é interrompida pela menstruação de Carrie.
E aqui vem outra surpresa: o susto de Carrie. Ao ver-se a sangrar de dentro sem saber porquê, uma menina daquela idade podia ter uma cena de medo, por assim dizer, “normal”. Mas Carrie não tem; o seu medo revela-se de uma maneira estranha: com uma cara quase grotesca, a menina dirige-se a algumas colegas sem dizer nada e só grita por ajuda quando já está muito perto delas. E embora a reacção das outras seja insensível, Carrie também teve a sua parcela de culpa. Quer dizer...com o susto que apanhou, o natural seria Carrie tentar tapar o local da hemorragia, encostar-se a algo e/ou gritar algo como “Ajudem-me; estou a sangrar!” ou “Estou ferida! Chamem uma ambulância!”. Em vez disso...ponhamo-nos no lugar das garotas: de um momento para o outro, aparece na sua direcção uma figura cheia de sangue, nua e com uma cara horrenda. Isto não parece mais a descrição de um monstro do que a de uma pessoa? Se ao menos Carrie tivesse falado mais cedo...mas não. Manteve-se em silêncio até se aproximar delas com as mãos ensanguentadas. Será essa a melhor maneira de pedir ajuda a pessoas que, note-se, nem sequer são suas amigas? Provavelmente, não. É, aqui Carrie não facilitou as coisas. Mas compreende-se; afinal, ela ainda é uma criança. E estava assustada. E isto não impede, claro, que o resto da cena tenha bastante força como uma cena de bullying (sim, vou usar essa palavra). Pobre Carrie...humilhada daquela maneira só por não saber das mudanças no corpo das mulheres! É realmente lamentável!
Ainda sobre esta cena, é também difícil não comentar um pormenor: a semelhança com o filme O Iluminado. Aliás, este filme, no geral, lembra O Iluminado na questão dos grandes planos de caras horrendas ou grotescamente modificadas. Isto, aliás, parece ser uma característica comum nos filmes de Kubrick: as caretas. Algumas delas meio injustificadas, diga-se de passagem...mas não posso garantir, até porque ainda só vi três filmes do director. De qualquer maneira, o filme de Kubrick têm vários planos com caras grotescas, presumivelmente para assustar ou para transmitir a sensação de loucura do lugar. Há as caras bizarras de Danny, a cara psicótica de Jack e as caras de horror de Wendy (numa magnífica interpretação de Shelley Duvall, note-se). Já no filme de De Palma, isto não acontece com tanta frequência, mas esta cena do balneário tem uma maneira de filmar inegavelmente parecida com a do filme de Kubrick. Ter-se-ia De Palma inspirado em Kubrick? Ou o contrário? Não faço ideia...talvez até fosse esta a forma mais comum de filmar terrores A (não B ou C) naquele tempo. Mas isto nem é tão importante assim; prossigamos.
Pouco depois, chega aquela que me pareceu a parte menos boa do filme: a sequência de cenas sem Carrie. Suponho que estas pretendiam simplesmente desenvolver as personagens, tornando-as humanas em vez de rasas. E conseguiu bem esse objectivo. Se bem que...Sue podia ter sido mais esmiuçada como personagem. As motivações dela nunca me pareceram claras. Compreendo que ela se pudesse ter arrependido e querer fazer algo por Carrie...mas ao pedir a Tommy que acompanhasse Carrie, não só perdia o seu acompanhante para o baile como se habilitava a perder o seu namorado! Quem é que é assim tão altruísta?! É assim, é verdade que há pessoas que fazem sacrifícios grandes, enormes, pelos seus amigos. Mas Sue nem sequer é amiga de Carrie! Nem vice-versa, por razões óbvias. Enfim...embora pouco desenvolvida como personagem, a ambiguidade de Sue não prejudica muito o filme. A sequência de cenas com pouca Carrie é que prejudica. É que Carrie é que é a gata borralheira por quem devemos torcer neste filme – além de um interessante objecto de estudo para os interessados em psicologia humana – razão pela qual deixar de a ver durante tanto tempo custa um bocado. Embora esta sequência tenha detalhes de qualidade, como a subtileza na primeira cena com Margaret White, a cena de Carrie com a sua mãe e o dito desenvolvimento de algumas personagens. Nomeadamente a sra. Collins e Chris.
Eis que o filme volta a mostrar mais Carrie, melhorando rapidamente. A cena em que Carrie confronta a sua mãe e acaba por bater com janelas com os seus poderes é boa e conseguiu assustar-me de verdade! É outro feito do filme: faz com que consigamos sentir medo do que devemos “amar” e proteger. Como uma mãe que tem medo do filho, talvez...as restantes cenas não têm a mesma qualidade, mas são agradáveis e cumprem o seu papel. Passa algum tempo e chegamos a uma parte importante: as cenas do baile. Oh, as cenas do baile! As magnânimas cenas do baile! Aquele conjunto de cenas incrível...só de lembrar, os olhos já brilham! Mas vejamos...primeiro há alguns planos mais simples enquanto Carrie e Tommy se ambientam no local. Todos esses planos são charmosos e acompanhados de boa música, mas o melhor ainda está para vir! Eis que Tommy e Carrie vão dançar. Tendo em conta que estão no meio de tantas pessoas, algumas das quais não gostam de Carrie, seria de esperar alguns olhares de reprovação e/ou uma alternância entre planos da dança do par em questão e planos dos restantes pares. Mas não! Surpresa, a câmera segue a dança de Tommy e Carrie até ao fim! Durante toda a dança não vemos outro plano! E este plano...bem, creio que a melhor palavra para o descrever é “hipnotizante”. Pode parecer exagerado, mas eu achei realmente hipnotizante! E digo isto porque a cena sugou mesmo a minha atenção, deixou-me mesmo alheio ao que se passava à minha volta (não foi no cinema que vi o filme, entenda-se).
“O que tem a cena de tão impressionante?”, pode-se perguntar. Bem, primeiro o tal efeito de surpresa e inovação por vermos apenas a dança de Carrie e Tommy e nada mais. Depois, a música. Finalmente, a proeza de pôr o espectador na perspectiva de Carrie. E isto é um mérito que poucos filmes têm. Ou seja...é verdade que há uns quantos filmes que nos colocam na perspectiva da personagem. Mas, regra geral, quando eles fazem isto, a nossa reacção não é propriamente de admiração; a reacção é mais um encolher de ombros, um “meh” ou até um pensamento de “Sim? E daí?”. Mas não o filme de Brian De Palma; esse acerta bem no que faz! E a cena da dança faz-nos sentir na pele de Carrie: luzes a iluminarem o casal e com total concentração no momento. Naquele momento, Carrie só pensa em si e em Tommy; os outros estão lá, mas é como se não estivessem. É por isso que a câmera não aponta para nenhum outro casal; os olhos de Carrie não os vêem. Sim, este longo plano faz todo o sentido se o virmos como a perspectiva de Carrie.
Após este plano hipnotizante, voltamos às cenas ditas normais. Como sempre, charmosas e que não desapontam. A eleição da rainha do baile aproxima-se. A votação traz outra cena de grande riqueza: o voto de Carrie e Tommy. Eles lá tomam a decisão descontraída de votar em si...mas...ei, porque é que a câmera continuou a mostrar a cruz no papel? Para quê perder sequer dois segundos de ecrã com uma cruz que, para mais, está meio mal feita? Enquanto nos perguntamos isto mesmo, o plano muda. Muda...mas o cérebro já raciocinou! Ah, já entendi! Boa sacada! Agora, o plano anterior faz todo o sentido! Por isso é que a cruz apareceu mal feita! Tão mal feita que parecia...uma cruz latina! Claro! Uma cruz latina seguida de uma ligeira luz vermelha. Assim, é difícil não associar ao sangue. Uma cruz latina e sangue...um símbolo da crucificação de Jesus! Só pode ser! E que quererá este símbolo dizer? Céus, tantos significados que isso traz ao filme! Pode querer dizer montes de coisas! Por exemplo, que a religião é como que a cruz de Carrie, o que se pode concluir pelos exageros da sua mãe. Ou pode ser uma pista subtil – um foreshadowing, como se diz em inglês – para dar a entender que as coisas vão acabar mal para Carrie, assim como acabaram mal para Jesus (pelo menos, de uma perspectiva terrena; não estou a querer desmentir a Bíblia). Ou alguma mensagem assim forte. Ou pode querer transmitir múltiplas mensagens! Ah, que cena repleta de interpretações enriquecedoras! Parabéns, sr. De Palma!
Enfim...a eleição acaba por se concluir e Carrie ganha-a. Agora, Carrie sorri. E tratam-na melhor. Nada que a nossa pobre vítima de bullying não merecesse. Só dá para ficar feliz por ela...até nos lembrarmos que Chris tem uma armadilha! É, é triste, mas o espectador sabe. Quem não o sabe é Sue, que reflecte a nossa alegria. Escondida ali atrás, é irónico e quase agoirento que esteja com a mão tão perto da corda que vai dar ao balde. Eis que Sue parece desconfiar da corda. Poder-se-ia desconfiar que Sue estava envolvida na armadilha...mas não é isso que parece nesta sequência incrivelmente filmada! Numa cena tensa, Sue não se apressa a tirar a sua dúvida; como alguém com receio de algo, ela avança lentamente, como se tivesse as pernas tensas. E o filme mostra-nos ora a cara apreensiva dela, ora uma outra parte da “armadilha diabólica”. Esta escolha de filmagem é arriscada, pois joga com o risco de não dar ênfase suficiente ao mecanismo da armadilha nem à tensão da personagem que a descobre. Felizmente, aqui, funcionou. Também graças ao trabalho de Amy Irving, a apreensão de Sue passa para o espectador e este pode também contemplar, com repulsa, o engenho diabólico da maldita armadilha. Muito bem.
Após uma tentativa falhada de travar Chris, a desgraça acontece: Carrie é atingida com o famoso balde de sangue de porco. Os segundos seguintes são de grande impacto. Um silêncio bem ilustrado pela falta de som do protesto de Tommy. Um conjunto de fantásticos planos da ensanguentada Carrie, que novamente mostra uma arrepiante cara de horror. Compreende-se; aquela cara faz jus à humilhação que a pobre deve estar a sentir. E uma nova tentativa de nos colocar na perspectiva de Carrie. Esta não é tão genial como a anterior, mas tem pés e cabeça e algumas qualidades. A saber: mostram-nos planos com cores estranhas que parecem mostrar que todos se riem de Carrie. Ah, mas isso é na cabeça da personagem! Porque, se não fosse, como se explicaria que a sra. Collins, que sempre a apoiou, se risse desta armadilha de péssimo gosto? Se ela estivesse realmente a rir, isso tiraria o valor às várias cenas iniciais que não mostraram Carrie. E como o filme já deu provas de ser mais inteligente que isso, torna-se muito provável que alguns daqueles risos estejam apenas na cabeça de Carrie. Mais uma vez, estes planos não são tão bons como alguns anteriores, mas...ao menos dão-nos uma ideia do que Carrie está a sentir e que pode explicar o que se segue. O terror que se segue...
Eis que Carrie não aguenta mais e os seus poderes vêm ao de cima. Num rápido conjunto de planos, com as portas e janelas e fechar, é com choque que vemos a nossa gata borralheira agora transformada num monstro! E a matança acontece! E são cenas bem fortes, com um impacto incrível! Até parece impossível, mas De Palma parece ter acertado em todas as escolhas que fez neste filme. Se, ao mostrar a descoberta de Sue, alternou entre planos com a cara de Sue e a armadilha, agora faz algo diferente: em vez de escolher entre uma imagem ou outra, junta os dois planos ideais para esta cena. Portanto, põe lado a lado a cara “desfigurada” de Carrie e a confusão que se passa no edifício do baile. Foi um grande escolha, pois permite ao espectador associar constantemente o horror que ali se processa aos poderes de Carrie e ainda não perder o olhar. Aquele olhar...aquela coisa arrepiante! Não é que a nossa Carrie deixou de ser delicada? E não é que agora lança aquele terrível olhar para todos os lados? Aquele terrível olhar que trespassa o ecrã e, mais uma vez, nos faz ter medo do que devíamos amar! Impressionante; o espectador consegue agora sentir medo da personagem que apoiou durante a maior parte do filme! Pode não ser o maior medo da vida do espectador, mas é um medo digno do nome! Que cena fabulosa! E que olhar poderoso! Coroa uma grande actuação de Sissy Spacek, que já tinha mostrado muito valor! E então as cenas do baile terminam com a forte imagem de uma ensanguentada Carrie a sair de um edifício consumido pelas chamas. E nenhuma alma sai com ela. Foram todas vítimas de...bem, de uma armadilha criada pela vileza. Que imagens! Bravo!
Depois de um clímax assim, que poderá o filme apresentar-nos de melhor? Vejamos...a tudo isto, segue-se bastante silêncio. Este é brevemente interrompido pela pulsão assassina de Chris, que também acaba mal. É um interrupção rápida e que, creio, tem lógica, pois Chris já mostrou ser uma pessoa exageradamente impulsiva e não duvido que tenha tomado a decisão não premeditada de tentar matar Carrie sem pensar nas implicações de tal acto. Fora isso, o silêncio instala-se. Creio que é um silêncio que encaixa bem nesta parte da história, pois não só contrasta (bem) com todo o barulho anterior, como também nos ajuda a digerir tudo o que acabou de passar e a preservar o sentimento de tensão, assim como o pensamento de “Wow, o que é que eu acabei de ver?!”. E é assim, em silêncio, que Carrie se dirige a casa, toma banho e, finalmente, se reúne com a sua mãe. Sem grande surpresa, a cena é charmosa e acaba por revelar que Margaret quer matar Carrie. Não se pode dizer que seja inesperado, mas é triste. Quando poderá Carrie descansar deste dia? Eis que, quando Margaret está quase a conseguir o que quer...os poderes! E, numa questão de segundos, Margaret abandona este mundo. E a imagem que ficou...que imagem é...ah! Entendido. Uma imagem marcante, sem dúvida. E parece confirmar o significado de símbolos anteriores. Enquanto isso, Carrie está consumida pela tristeza. E nós também estaríamos, se não estivéssemos, ao mesmo tempo, com medo. Mas...eis que, num infeliz acontecimento, a casa colapsa. Não voltamos a ver Carrie, portanto não deve haver dúvidas quanto ao que lhe aconteceu.
Mas enquanto reflectimos sobre isto mesmo, Sue começa a andar fora de casa. Está vestida de branco e com flores na mão. E trás consigo uma música...oh! Aquela música linda já mostrada no filme! Não podia ter vindo em melhor altura. O que antes foi uma música suave e bela é agora uma música triste, tristíssima! É que, ao ver Sue a dirigir-se ao local onde ficou o corpo de Carrie, só nos apercebemos melhor do que já nos tínhamos apercebido: este foi o final infeliz de uma triste história. Nem tanto uma história de terror, mas uma história de bullying! É que, mesmo sendo o filme fictício, o bullying existe. E este filme mostra uma das maneiras de as coisas acabarem. E, aqui, acabaram mal. Carrie acabou por se descontrolar e matar dezenas de pessoas, algumas com culpas no cartório, outras inocentes. Assim como algumas pessoas deprimidas ou com episódios psicóticos conseguem “arrastar” pessoas de fora para a sua espiral de destruição. Este é um dos finais mais tristes para as histórias – fictícias ou verídicas – de bullying. Não admira que Sue se aproxime com tanta calma do corpo de Carrie; há todo um luto a fazer. Luto por todas as histórias semelhantes que acabam assim. Luto pela culpa que ela própria deve sentir. Luto por todos os que sofreram com os acontecimentos recentes...e, acima de tudo, luto pela pobre Carrie, cujo único “pecado” foi ser como era. Ela era, no fundo, uma boa menina, mas hostilizavam-na e ela, também por isso, não procurava claramente o contacto com os outros. Mas isso era ela a ser ela própria. Como é que os restantes lhe fizeram o que fizeram só por causa disso? Absolutamente lamentável. E por muito insensível que isto possa parecer, não diria que podemos culpar Carrie. Ela não era um exemplo de interacção, é verdade, mas que podia ela fazer se não queriam interagir com ela? E ela exagerou quando exteriorizou a sua raiva, mas quem lhe pôs tanto sentimento mau no coração? Pensando de outro ângulo, a origem de toda a desgraça não estaria mais nos que hostilizavam Carrie do que nela própria? Talvez me atreva a dizer que Carrie foi sempre a vítima. Aliás, até tive a sensação que Maria teve no final de Amor, Sublime Amor...todas as vítimas do baile morreram porque os mataram. Não com balas e armas...mas com ódio! Sim, foi o ódio que matou tanta gente naquela fatídica noite. Sábias, as palavras de Maria, embora também aplicáveis a este filme.
E, para completar o luto, lá vão as flores...e um susto! Livra! Que susto! Um susto engenhoso, mas talvez um bocadinho desnecessário. É de qualidade e tem lógica, só é uma pena estragar um pouco o ambiente desta maravilhosa cena final. A cena do sonho de Sue é a última cena com C grande no filme e talvez até seja a melhor do filme. É difícil descrever o poder que ela tem, o impacto da música que antes nos trouxe calma e mais tarde traz mágoa, a força de alguns símbolos que também a envolvem...ufa! Fantástico!
E tudo isto é só parte das emoções fortes que este grande filme nos pode trazer. As emoções são fenómenos tão difíceis de descrever que até me apetece usar aqui uma frase que eu nem gosto muito de usar: “A sério, não dá para descrever; tens mesmo de ver, amigo!”. É uma frase que eu evito usar ao comentar um filme, mas neste caso tem muito de indispensável. É assim mesmo: só mesmo vendo para entender plenamente. E para contemplar a extraordinária direcção, o bom roteiro, as boas actuações, os diversos aspectos técnicos, a trilha sonora única e a força da história que tem Carrie – A Estranha.
Parabéns Paulo, baita texto, pra um baita filme.
*.* Muito obrigado, Cristian! Agora que vejo o comentário aqui, vejo que é bem grande! Talvez tenha exagerado, hehe...mas é o que dá tentar descrever sentimentos!