"Se sua casa estivesse pegando fogo, tudo se acabando e você tivesse somente 60 segundos para salvar algo, o que você levaria?"
No ano Bissexto, no dia 29 de Fevereiro na Irlanda, diz a tradição é o único dia em que a mulher tem a oportunidade de pedir o namorado em casamento. Anna (Amy Adams), namora com Jeremy, um cara que, aparentemente não está muito interessado com um compromisso conjugal. Ele é médico e ela, decoradora. Ao surgir uma reunião de negócios para o namorado, em Dublin, Anna decide viajar também, e fazer uma surpresa: Pedi-lo em casamento no dia 29 de Fevereiro.
Quando o tempo arruína sua viagem, ela precisa da ajuda de um grosseiro dono de hospedaria (Matthew Goode) para iniciar uma inesperada travessia no país e fazer o pedido perfeito. Daí pra frente já sabemos o que irá acontecer com o casal. Enquanto a raça humana existir, haverá comédias românticas onde casais começam suas histórias se odiando e acabam se amando. Às vezes é a exata mesma história de tantos outros exemplares, só muda de endereço e de personagens. E como em quase todas as comédias românticas, o clichê e a previsibilidade é a marca registrada, algumas se tornam aceitáveis por vários pontos positivos que encontramos nele.
E aqui, Amy Adams e Matthew Goode parecem ser o par perfeito. A química entre eles é ótima, o que é um ponto crucial em uma história como esta, onde casais começam se odiando e terminam se amando, como alguns já puderam ver em A Verdade Nua e Crua, com Katherine Heigl e Gerard Butler. A maneira como o casal se relaciona, brigando a todo tempo, culpando um ao outro a todo tempo, foi o que tornou o filme agradável de se assistir, tanto neste aqui quanto no filme de Katherine Heigl. E os esforços para irritar o outro não foram poucos. Arrancar o pescoço de uma galinha na frente dela, foi só um detalhe.
O que também ajudou foi a excelente trilha sonora, que transmite desde a felicidade, a melancolia. Juntando com as belas paisagens e cenários da Irlanda, assim como em P.S. eu te Amo. O diretor Anand Tucker foi até sábio, em eliminar todas as circustâncias de que o casal está apaixonado. Até um pouco depois da metade do filme, não vemos vestígios algum dos sentimentos dos personagens, centralizando toda raiva e antipatia entre eles. Coisa que ao longo do filme vai se esmorecendo.
Casa Comigo? é um filme clichê e previsível dentro do esperado sim, mas não é um filme totalmente passável. Encontramos cenas divertidas, onde os personagens que se odeiam são obrigados a se beijarem, pra provar que são casados, ou então dormir na mesma cama. Já vimos tudo isso, mas por ter um clima bem agradável, se torna aquele tipo de filme pra se ver num fim de semana sem compromisso e ainda nos faz pensar acerca do casamento, sobre o que está sendo o mais importante dentro da relação. "Se sua casa estivesse pegando fogo, tudo se acabando e você tivesse somente 60 segundos para salvar algo, o que você levaria?"
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