Primeira pergunta, alguém ainda se interessa por filmes que se passam na Guerra do Iraque? Sim, claro, talvez um ou outro, eu particularmente já perdi o interesse faz tempo. Segunda pergunta que muita gente se fazia, eram como Fernando Coimbra virou diretor internacional e saiu do interior de São Paulo - Ribeirão Preto - para fazer, para a Netflix, um filme sobre a Guerra do Iraque, e claro, se ele iria cumprir com a "promessa" de talento do cinema nacional.
Para quem não sabe quem é o diretor, ele é o responsavel por [O Lobo Atrás da Porta] que fez sucesso no Brasil e conquistou uma longa vida por festivais mundo a fora, conseguiu até uma indicação ao sindicado dos diretores como diretor estreante, particularmente não gosto nem do filme de estreia (que mais me parece uma novela das nove) e muito menos da empreitada americana do diretor, em outras palavras, eu já não tinham muita expectativa, não fiquei frustrado.
O filme se passa durante a ocupação americana no Iraque, um grupo de soldados acaba de concluir uma ação vitoriosa em Badgá. Antes de voltarem aos Estados Unidos, eles têm uma última missão: ir ao pequeno vilarejo Baquba, região pouco conhecida pelas tropas estrangeiras. A tarefa dos militares é reativar o serviço de água dos habitantes, destruído pelo próprio exército americano, o soldado Matt Ocre não tem vocação para a vida no exército, mas precisa buscar ajuda dos iraquianos a fim de concluir o difícil serviço.
Procurei diferenciar esse de tantos outros filmes com o mesmo plano de fundo, eu sinceramente poderia chamar o filme de Coimbra de [Guerra ao Terror, da Netflix] com situações extremamente parecidas, uma sequência de cenas de tiros, de mortes, de sofrimento, de tentar decifrar o que o protagonista está sentindo. Com um elenco de estrelas Nicholas Hoult, Henry Cavill entre outros, estão todos bem em cena, o grande problema é não sair fora da caixinha, um roteiro quadrado que não da espaço nem para os atores brilharem, nem para o próprio diretor se sobressair, afinal de contas, cortes frenéticos em um filme de guerra, é o minimo.
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