Decididamente moldado para não produzir nenhuma inovação, trama (ou sub-trama, tamanha é a falta de profundidade dessa primeira jornada da bela e puberdiosa jovem envolta de vampiros) direcionada a deixar lacunas - até obvias demais, que praticamente chegam a narrar o roteiro da provável continuação. Crepúsculo, embora seja mais maduro que os demais do gênero, implode ante a falta de força da Direção, do roteiro incoeso, da Fotografia quase unicolor cansativa e da aborrecente Trilha Sonora, desproporcional e até bizarra. Ganha pontos devido a sua maturidade, ao mesmo tempo que perde ao não se aprofundar tanto no que acerta.
Isso mesmo, Crepúsculo é um filme adolescente aparentemente maduro: os personagens na flor da puberdade descobrem amores e potenciais acasaladores, todavia é tudo muito fantasioso, muito casto. Claro, não deveria beirar a apelatividade das comédias teens, o que afastaria o seu público alvo - jovens descobrindo a sexualidade sob o olhar prudente de seus pais conservadores.
Adaptação do best-seller de Stephenie Meyer, roteirizado por Melissa Rosenberg, e dirigido por Catherine Hardwicke, o filme foi obviamente, meticulosamente marketingzado para faturar, e muito, tanto quanto o livro, que vendera aos bocados.
A história conta de uma adolescente, Isabela Swan - que bizarramente exige ser chamada de Bella - que vai morar em outra cidade, onde seu pai - separado de sua mãe - mora. Indo pro colégio, a menina se apaixona por um pálido e misterioso jovemk, Edward - com aquele topete e seus trejeitos eu o considero mais excêntrico que Edward Mãos de Tesoura. O tempo passa e Bella persebe coisas estranhas sobre Edward, coisas que inclusive poderiam vir a colocar a sua vida em risco, o cara era um vampiro. Tarde demais, a semente do amor fecundara no coração da jovem que agora, decide ir até o limite para ficar junta do vampirão Edward.
Embora a direção de atores seja falha, a protagonista, Kristen Stewart, um pouco mais nova do que esse que os escreve, demostra bastante potencial, sendo verdadeiramente o único destaque da película, a única personagem razamente desenvolvida, ou seja o filme é dela e ela segura bem os designos que lhe aprouveram.
Tecnicamente o filme não se destaca em absurdamente nada. É uma produção que não se equipara de forma alguma a de qualquer um Harry Potter - esse artísticamente belo e injustiçado nesse quesito, como de praxe. A Trilha Sonora é chata de dar dó, e a Fotografia do filme não sia do tom azul escuro.
Crepúsculo é obvio a manter a fórmula da nova onda de castidade de alguns romances teens, apela a alguns clichêsinhos básicos, mas mantém-se como uma experiência ainda válida para o público afim do gênero, para quem espera algo mais delicado e melhor tratado enquanto cinema nesse gênero - um dos poucos e atuais exemplos é Juno, embora seja totalmente diferente de Crepúsculo - pode ficar esperando mais um milagre acontecer, o segundo filme vem aí, quem vota não?
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