O cinema de John Hughes marcou muita gente, talvez Curtindo a Vida Adoidado, seja a representação máxima dos chamados clássicos da Sessão da Tarde, esse ao lado de tantos outros como De Volta Para o Futuro, Esqueceram de Mim, Os Goonies marcaram época e pessoas, eu fui uma delas, os filmes de Hughes sempre foram voltados para os adolescentes, ou melhor, eram sobre adolescentes, até porque, quem nunca quis ser Ferris Beuller? Para você que não sabe, ou nunca ouviu falar do maior ícone das tardes dos anos 90 e até meados dos anos 2000, algumas rápidas informações, Ferris Beuller é um garoto como qualquer outro, que está no último ano do colegial, diante de algumas situações - logo terminará o colegial, precisará arrumar um trabalho e logo a faculdade - ele decidi curtir uma tarde com seu melhor amigo Cameron e sua então namorada Sloane mas, para isso, ele precisará faltar a escola e faltar na escola é uma tarefa mais dificil do que aparenta, não vou mais detalhar a trama, porque isso tiraria toda a graça do filme.
O filme não tem absolutamente nada de diferente ou mirabolante, em outras palavras, é um simples filme onde um garoto mata aula para se divertir, simples assim, só que não, não é só isso, talvez fosse mesmo só isso, se não fosse a maneira irreverente que Hughes tinha de contar uma história, Curtindo a Vida Adoidado é um acontecimento cultural muito importante, simplesmente porque o diretor como poucos outros conseguia filmar todo o sentimento de uma geração, o maior feito no caso, foi a opção do diretor de colocar um tom cômicamente exagerado, pensem comigo, qual é o problema de faltar a aula? Pois é, não existe problema ai, o fato do diretor transformar isso em uma coisa urgente, deixa a trama mais engraçada do que ela já seria por conta própria.
Os acontecimento durante a tarde de Ferris são muito marcantes, tanto que é dificil lista-lôs, eu particularmente gosto muito, muito mesmo, da cena do desfile na qual ele declara a canção para seu amigo depressivo Cameron e depois faz toda a cidade dançar ao som de Twist and Shoult, o filme é uma seqüência de partes que hoje encontram-se arraigadas no imaginário cultural, só que tudo isso não seria nada se não fosse o personagem principal, senhor Ferris Beuller, todo mundo tem um pouco de Ferris dentro de si, todo mundo quer ser Ferris Bueller, não importa se é homem ou mulher, jovem ou adulto, o que Ferris faz no filme é o sonho de todos: se livrar de todas as preocupações e apenas curtir a vida, aproveitar o que ela tem de melhor. Para o bem ou para o mal, o ator Matthew Broderick ficou eternamente marcado por conta de Ferris Beuller, assim como todos os outros atores, Alan sempre será Camerom Frye, Jennifer Grey sempre será Jean e claro, Jeffrey Jones, que encarna o diretor Rooney de maneira caricatural e divertidíssima.
O filme é simplista, para alguns até superficial, talvez a intenção de John Hughes fosse exatamente essa, não existe qualquer intenção de assumir uma complexidade maior, ou se aprofundar nos personagens, até porque se fosse esse o caminho, o filme não seria o que é ainda nos dias atuais, um clássico, alias, não posso esquecer de mencionar a trilha sonora que só contribuiu para com o filme, o filme é capaz de falar com qualquer pessoa que, alguma vez, já pensou em rebelar-se contra o sistema e curtir a vida, por isso eu sempre digo, Save Ferris Beuller.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário