O desejo é um dos sentimentos mais fortes que o humano pode sentir, lutar conta o desejo, é uma batalha árdua e que nem sempre podemos vencer, a batalha se torna ainda mais dificil quando a sociedade julga esses desejos alheios. Os problemas se tornam ainda maiores - ou parecem maiores - quando ocorrem com jovens ainda imaturos.
O filme gira em torno de Zach que mora num subúrbio da Califórnia, ele é despojado e surfista, o jovem é mais um típico adolescente norte-americano, o seu melhor amigo, Gabe, mora na parte rica da cidade, mas matem vínculos com Zach em função do estilo de vida semelhante. Shaun, irmão de Gabe, volta para casa e acaba se aproximando de Zach que, aos poucos, começa a perceber que nutre um confuso sentimento por Shaun.
O filme tem uma estrutura convencional, a cartilha de tantos outros filmes que tocam no tema, o que torna o filme diferente de tantos outros e o eleva a um patamar superior em comparação à histórias de amor entre adolescentes e adultos e a sua temática homossexual que, por tabela, implica à narrativa discussões sobre o preconceito, conflitos familiares, conflitos psicológicos e padrões sociais, questionando tudo e a todos.
O ritmo do filme é adequado, a trama ainda sem se atropelar e mostra cada passo da descoberta sexual de Zach, com cenas cheia de amor e tremores por parte do protagonista, que alias, é um ator excepcional assim como todo o elenco, é interessante ver como alguém que sempre se entregou mais aos outros começa a descobrir o prazer de entregar-se as suas próprias vontades. De Repente, Califórnia se torna uma oportunidade para pequenas discussões sobre como a juventude lida com a homossexualidade.
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