(After Hours, EUA, 1985).
Diretor: Martin Scorcese. Elenco: Griffin Dunne (Paul Hackett), Rosanna Arquette (Marcy Franklin), Verna Bloom (June), Linda Florentino (Kiki Bridges), Teri Garr (Julie), Cheech Marin (Neil), Tommy Chong (Pepe), Catherine O’Hara (Gail), Dick Miller (Pete), Will Patton (Horst), Bronson Pinchot (Lloyd), Larry Block (taxista).
Após o horário de trabalho, um programador de computadores, que mora na parte "chique" de Manhattan, em Nova York, cansado de ficar sozinho em casa, resolve ir ler um livro em uma lanchonete. Uma jovem, que estava em outra mesa, se aproxima e puxa conversa, dizendo adorar aquele livro. Ele se mostra interessado por ela e, conversa vai, conversa vem, ele recebe um número de telefone para o qual ele liga assim quem chega em casa. Fica combinado que ele a encontrará, daí a pouco, no apartamento de uma amiga, no Soho, em Nova York, um bairro repleto de artistas plásticos e todo tipo de pessoas excêntricas ou pervertidas. Porém, o que poderia ser uma noite agradável, tornou-se uma daquelas noites em que tudo dá errado. Já começa no táxi, quando o rapaz deixa voar pela janela a única nota de vinte dólares que ele tinha. Esse é o primeiro de uma série de acontecimentos inesperados que o deixam preso naquele bairro durante toda a noite (e a madrugada), sem conseguir voltar para casa, tornando-se a pior de sua vida.
Esta é uma fábula bizarra de humor negro, co-produzida pelo ator Griffin Dunne. Uma sátira ao pesadelo urbano de Nova York, com personagens estranhos, temperamentais ou esquizofrênicos e situações surreais e inacreditáveis, que vão transformando a vida do protagonista em um inferno. Não é um filme que nos faça rir o tempo todo. Tem diálogos inteligentes e um tipo de humor sutil. É uma espécie de “Alice no País das Maravilhas” no que se refere aos personagens loucos e à filosofia de que “não há lugar (seguro, confortável e aconchegante) como o lar (ou o escritório)”, porém com experiências vividas no inferno dos acontecimentos inesperados e inevitáveis. Tudo isso mostrado de forma satírica e com muito humor-negro. O título original do filme quer dizer: “depois do expediente” – foi traduzido, erradamente, no Brasil, o que lhe deu o título, ao pé da letra, de “Depois de Horas”. O filme recebeu os prêmios de “Melhor Diretor” no Independent Spirit Awards, de 1985, e no Festival de Cannes de 1986. A fotografia de Michael Balhaus é sensacional, realçando cores fortes. A música é do famoso compositor Howard Shore, autor também da trilha musical de “A Mosca” (1986). O ator Griffin Dunne pode ser visto também em “Um Lobisomem Americano em Londres” (1981), de John Landis. A atriz Rosanna Arquette atuou também nos filmes “Silverado” (1985) de Laurence Kasdan, e “Crash – Estranhos Prazeres” (1996), de Dvid Cronenberg. A jovem Linda Florentino foi vista também em “Homens de Preto” (1997), de Barry Sonnenfeid, e em “The Last Seduction” (1994), de John Dahl. A lourinha Teri Garr esteve presente em “Jovem Frankenstein” (1974), de Mel Brooks, e em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977), de Steven Spielberg. Os atores Cheech Marin e Tommy Chong aparecem no filme formando a dupla que se tornou conhecida como “Cheech & Chong”.
O lançamento nacional em DVD, pela Warner, traz o filme na versão widescreen anamórfico, com áudio Dolby Digital 1.0 (em inglês, português e espanhol). Inclui um documentário sobre os bastidores, “Filmando Vida Afora”, narrado pelos co-produtores Dunne e Amy Robinson, um comentário em áudio com Scorsese, Dunne, Schoonmaker, Ballhaus e Amy Robinson, cenas cortadas e trailer de cinema. 97 minutos.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário