O filme que foi um sucesso no Festival de Cannes 2014, vencedor do prêmio máximo na Mostra Um Certo Olhar, DEUS BRANCO, de Kornél Mundruczó que, depois de dois filmes na competição principal do festival, foi parar na mostra paralela e acabou ganhando o prêmio máximo, assim colocando o diretor de volta na competição principal - ele está atualmente em concurso com Jupiter's Moon - não era o melhor filme da seleção, mas ganhou com muito mérito.
O filme mostra a garota Lili, que luta para proteger seu cão Hagen, ela ficou arrasada quando seu pai soltou Hagen livre nas ruas, ainda inocentemente acreditando que o amor pode vencer qualquer dificuldade, Lili sai em busca de seu cão para salvá-lo. essa é a base para o filme que mostra uma porção de coisas reunidas como as minorias, racismo, xenofobia e afins, tudo isso atráve de um cachorro, com a maior maestria possível.
Para os mais desavisados, achando que esse é um daqueles filmes de cachorro da Sessão da Tarde, não se enganem, cheio de cenas chocantes – como o treinamento que o protagonista de quatro patas recebe para se tornar um vencedor em uma rinha de cães é extremamente brutal – o longa não poupa esforços, nem estômagos para mostrar a realidade que alguns habitantes tido como “indesejados” por uma pequena parte da população recebem de uma parte abusiva da sociedade, falando não só dos cachorros, como outras tantas minorias que moram como ciganos, refugiados e afins.
O melancólico filme é atuado em três atos, o primeiro com aquela cena incial, de deixar qualquer cineasta de quatro - cena de ação envolvendo mais de 300 cães de rua, totalmente filmadas sem ajuda de computação gráfica - o segundo com uma desenvoltura invejavel, o terceiro e com aquela cena final avassaladora, o filme não só um excepcional trabalho de direção, como também uma edição eficiente, fotografia que da luz aos cenários, não só renovou os chamados "filmes de cachorro" - ao final do filme, a única coisa que consegui pensar foi: o que foi isso?
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