Após anos e anos sendo vítimas de alienígenas destruídores de planetas, nós cinéfilos, fomos presenteados com uma temática diferente e original. Mesmo parecendo óbvio demais, nunca paramos para refletir sobre a falta de abordagem do tema "preconceito" em relação a filmes sobre alienígenas asquerosos e repugnantes.
Em Distrito 9, nos deparamos com uma visão totalmente oposta aos filmes de ficção das últimas décadas. Desta vez, seres humanos não são a presa, mas sim, os caçadores. E através de uma narrativa bastante dinamica e convincente, vemos o porque deste filme em questão, se sobrepor a outros de seu gênero.
Quando falamos em segregação racial e preconceito absoluto, lembramos imediatamente do continente africano. Nem um lugar abrigou tanta discordia e ódio por gerações, e é exatamente, onde se passa os acontecimentos de D9.
Uma gigantesca nave extraterrestre paira sobre o céu de Joanesburgo e por quase duas décadas, permanece inerte, sendo ainda de origem desconhecida. Em seu interior, foram encontrados alienígenas definidos pelos humanos como "camarões", devido sua aparência bem similar. Tais seres vivem marginalizados em favelas, localizadas na periferia da cidade. Tal área recebeu o nome de Distrito 9.
A principal empresa responsável pelo controle da área alienígena se chama MNU, que mantém em segredo um programa genético que culmina com experiencias ilegais, levando muitos "camarões" a morte.
Um de seus funcionários é "Wikus Van De Merwe", interpretado brilhantemente pelo ator (Sharlto Copley). Por muitos membros da empresa, ele é considerado um bobalhão, que só trabalha na MNU por ser casado com a filha de seu chefe. Tudo muda quando em um programa de reassentamento dos alienígenas, Van Der Merwe entra em contato com uma substancia negra desconhecida, e começa a se transformar em dos segregados do Distrito 9.
Como apenas os aliens podem manipular a tecnologia extraterrestre, Van Der Merwe passa a ser objeto de desejo da MNU. Começa então a caçada ao único humano capaz de empunhar armas de ultima geração alienígena.
Sharlton Copley, está brilhante em sua metamorfose, tanto física, quanto psicológica, e isso é um dos diferenciais do filme, pois é uma tarefa quase impossível reverenciarmos algum ator ou atriz em filmes de ficção cientifica, devido ao fato, também, deste gênero se voltar mais para a ação do que para a interpretação em sí, e caracterização dos personagens. A cada novo problema que surge na narrativa, sentimos o sofrimento latente de Van Der Merwe, e ao assistir pela primeira vez Distrito 9, fiquei com a sensação de que Sharlton poderia ter sido indicado ao oscar por sua bela atuação.
É um filme que quebra os parâmetros já conhecidos da ficção científica, e por esse detalhe, ja merece ressalva. Eu recomendo Distritro 9, e mesmo que em muitos momentos, sejam adotadas saídas fáceis para o roteiro, nós temos a certeza que nenhum dos filmes do gênero já vistos, se compara a esse!!!
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