O cinema nacional possui seus altos, são inúmeros filmes memoravéis, no entanto, são as comédias escrachadas e sem noção que movimentam toda a dinherama das produções por aqui, quando anunciado que alguma figura importante da história será biografada nas telonas, alguma expectativa já é gerada, infelizmente quase sempre é frustrada em uma proporção sem escalas, de Cazuza até Elis, a biografia ainda que seja ruim, demorou muito para chegar as telas.
Baseia-se na vida da cantora Elis Regina, considerada pela maioria dos críticos a maior cantora que o Brasil já teve. Acompanha Elis desde sua chegada ao Rio de Janeiro, aos 19 anos, até sua morte trágica e precoce - para quem conhece ao menos um pouco da história da cantora, sabe que ela teve uma vida pra lá de conturbada, desde seus relacionamentos amororos, passando por suas músicas e contatos com as gravadoras até seu abuso das drogas.
O que há de melhor aqui é Andréia Horta, que aparentemente estudou a personagem e fez uma composição fiel, aos trejeitos tão conhecidos da cantora na vida e nos palcos, todo o restante do elenco, fica a sombra da protagonista, talvez por um erro de direção, já que o diretor prefere deixar todos os outros rostos que passaram na vida da cantora, como um alguém qualquer, sem importância, é assim como todos os coadjuvantes, inclusive Boscôli (Caco Ciocler, totalmente desperdiçado), a direção não nos permite se aproximar dos personagens, sentir os mesmos ou sentir o que a protagonista sentia por todos a sua volta.
Uma cinebiografia toda errada, que não fosse por Horta seria um nada, a direção é chula, não nos perimite uma séries de coisas e não passa as informações da maneira correta, por exemplo, em momento algum ficando a par de que Elis era viciada em cocaína, ao fim, se quer sabemos (os mais leigos) a causa do falecimento da cantora, alguém como ela merecia um filme melhor trabalhado.
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