Os dois primeiros atos são realmente bem bons e conseguem criar cenas surpreendentemente marcantes ainda que não sejam as que envolvem o personagem ao volante - o plano sequência dele indo e voltando da cafeteria; o primeiro diálogo com a garota; as máscaras de Mike Meyers -, mas aí vêm aquele terceiro ato que eu ainda não entendi bem se era a intenção do Wright realmente ferrar com o próprio filme ou se ele só vacilou e não sabia como acabar tudo.
Tenho bem menos problema com um Kevin Spacey incompreensivelmente ajudando o casal de pombinhos e sacrificando a própria vida no processo e com a babaquice do Baby em dizer que a amada "não faz parte daquele mundo" depois de arrastar ela junto em pelo menos uns cinco crimes e bem mais com o fato de a ação despirocada desse final ser bem qualquer coisa. Porque nesse ponto da história a gente já tinha visto o Wright filmar um puta plano sequência em que o lance da música ditando o ritmo da ação enquanto o Elgort interage com o cenário e aquela cena de ação com Tequila tocando, então se esperava algo realmente de cair o cu das calças no clímax, afinal, é do cara que nos deu Scott Pilgrim né...
Mas as duas primeiras partes ainda estão lá e são bem o que se espera do Wright, é tudo cool demais, com alguns diálogos, brincadeiras de montagem, e etc. que não devem nada pros melhores momentos de Scott Pilgrim ou Todo Mundo Quase Morto e que a gente vai ver bastante sendo citado pra falar do sujeito. Eu até acho que se esses bons momentos viessem invertidos, após um começo bem genérico, eu teria gostado mais. Mas como não foi o que aconteceu, resta fazer a piadinha infame sobre torcer pro Wright seguir dirigindo e na próxima se sair melhor no trabalho.
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