Depois de 21 anos do único filme (O PODEROSO CHEFÃO – PARTE II, 1974), que fizeram juntos, mas que não dividiram nenhuma cena, finalmente nós pudemos ver a colisão entre dois grandes astros: Al Pacino e Robert De Niro!
O diretor Michael Mann fez poucos filmes, se levar em conta o início de sua carreira no final da década de 60, mas são dos mais expressivos e acabou revelando-se um mestre em filmes policiais.
O roteiro de autoria do próprio Mann é excelente, inteligente e muito esperto em abordar não apenas o conflito entre os ladrões e os policiais, mas de expor suas vidas pessoais e seus conflitos internos também.
Outra qualidade que deve ser mencionada é que todos os personagens são importantes para a trama.
Os protagonistas e antagonistas são obviamente dois monstros consagrados, então não poderia ser menos do que um espetáculo o encontro de Pacino (Ten. Vincent Hanna) e De Niro (Neil McCauley).
Do grande elenco os principais destaques são: Val Kilmer (Chris Shiherlis) em um dos melhores pápeis de sua carreira e Natalie Portman (Lauren Gustafson) arrasando em seu 2° longa-metragem no cinema.
O filme ainda conta com as presenças marcantes de Jon Voight (Nate), Diane Venora (Justine Hanna), Ashley Judd (Charlene Shiherlis) e Tom Sizemore (Michael Cheritto).
Visualmente o filme é impecável tanto na fotografia de cores frias do italiano Dante Spinotti, como na edição ágil e precisa do quarteto de editores (Pasquale Buba, William Goldenberg, Dov Hoenig & Tom Rolf), que alternam as cenas de investigação com as cenas de assalto de forma brilhante.
A trilha sonora de Elliot Goldenthal cresce conforme o ritmo do filme e falando em sonoridade é impossível não notar o trabalho dos técnicos (Chirs Jenkins, Ron Bartlett, Mark Smith & Lee Orloff) na mixagem de som.
Acho um absurdo um filme com tantas qualidades ter sido completamente ignorado no Oscar, que não foi lembrado sequer nas categorias técnicas.
Foi um sucesso de público, com renda superior a 180 milhões de dólares.
São quase três horas de projeção, mas em nenhum momento fica monótono, pelo contrário e mesmo agora, quase 20 anos depois de sua estreia continua extraordinário e já o considero um clássico.
Além do encontro histórico de dois grandes atores como Pacino e De Niro, o filme merece ser visto também por ser um dos melhores do gênero.
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