Seria um pouco melhor se fosse levado mais a sério. No mais, é um filme divertidíssimo, daquele pra se ver com todos os amigos reunidos.
Reunindo não apenas amigos fictícios, o novo filme de Dennis Dugan, reúne também amigos na vida real. Embalados pelo sucesso de Eu os Declaro Marido e... Larry!, e o terrível Zohan - O Agente Bom de Corte, Kevin James, Adam Sandler, Rob Schneider e Chris Rock se juntam novamente, num filme que mais parece uma comédia coletiva. e desta vez o diretor recebe novamente a ajuda de Adam Sandler na realização do roteiro. Sendo assim, o espectador deve ficar ciente de que não irá encontrar nenhuma genialidade nas piadas e até mesmo na história em si. O fato é que, os filmes de Dennis Dugan sempre apresentam as mesmas fórmulas, seja nas piadas forçadas, ou na estereotipagem de um personagem, vide Zohan.
Todo o elenco masculino já havia trabalhado com o diretor, seja em conjunto, em dupla, ou só. Assistí-los novamente em um único filme, já seria uma boa desculpa para levar a pirralhada ao cinema nas férias de verão. E a idéia deu certo. O filme está sendo um sucesso de bilheterias e é a comédia mais rentável do ano nos EUA até o momento. Um elenco com rostos famosos, piadas fáceis, que não é preciso exercitar muito o cérebro pra entendê-las, clima feliz, reunião de amigos num feriado de 4 de Julho, enfim. Todos esses detalhes influenciam na hora de decidir com o grupo de amigos, qual filme irão assistir.
Amigos desde a infância, os rapazes, hoje, depois de 30 anos, casados e com filhos, se reencontram, no velório do antigo treinador de basquete. Afim de passarem mais alguns dias juntos, todas a famílias se instalam em uma casa no lago, para relembrar os velhos tempos. Seja propositalmente ou não, os personagens que formam o quinteto de amigos do filme, parecem se divertir mais que o próprio espectador, e tudo isso se deve a boa química entre eles, que não seria a mesma se fosse com atores diferente. O que torna o filme não apenas uma encenação entre amigos fictícios, mas amigos, sobretudo, reais. o relacionamento interpessoal dos personagens (os quais na verdade são os próprios atores, apenas sendo chamados por nomes fictícios) ofusca grande parte dos defeitos do filme.
O que não vai faltar, é piadas toscas, gags físicas, personagens loucos, forçados e clichês, tombos, e qualquer desculpa pra fazer piada com absolutamente tudo, o que pode acabar incomodando os mais mau humorados, que não suporta esse tipo de piada. Talvez o ponto forte do filme, seja a beleza da amizade, da união, da saudade e da época tão maravilhosa que é a infância. Como na cena em que o personagem de Adam Sandler vê as crianças brincando de telefone sem fio. Seus filhos que outrora viviam aprisionados no mundo digital e tecnológico, com celulares e video games, puderam viver um final de semana, como qualquer criança normal vive. Brincando no lago, no balanço de uma árvore, com brinquedos caseiros, reunião em volta da fogueira, enfim.
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