E a fantasia começa...
A cada geração, para os amantes de um mundo fantasioso e criativo, uma saga surge, meus pais tiveram Guerras nas estrelas, meus irmãos De volta para o futuro, e eu, como muitos da minha geração,Harry Potter. Nós acompanhamos, torcemos e crescemos com seus personagens, algo bem interessante a ser notado é que conforme os filmes foram passando eles se tornavam mais sérios que os anteriores, assim como o próprio publico que ao longo dos anos foram amadurecendo deixando a infantilidade de lado, mas nunca a magia. E essa fantasia começa aqui, em Harry Potter e a Pedra Filosofal, adaptação do livro infanto-juvenil de mesmo nome da escritora britânica J. K. Rowling. O filme foi um sucesso absurdo nos cinemas do mundo todo, arrecadando mais de noventa milhões de dólares apenas nos três primeiros dias de exibição, um recorde na época, e mais novecentos milhões de dólares ao todo. O filme também foi indicado a três Oscar e elogiado por toda a critica.
A historia segue, logicamente, Harry Potter, um menino órfão que mora em um armário debaixo da escada da casa de seus tios, e vive uma vida perdida e negligenciada por eles, mas após acontecimentos bizarros acaba descobrindo que é um bruxo, assim como seus pais, que ao invés de mortos em um acidente de carro, como lhe foi contado, morreram o protegendo do maior bruxo das trevas, Lord Voldemort, que por alguma razão, ao tentar mata-lo, acaba perdendo os seus poderes e desaparecendo. Harry então é convidado a entrar na maior escola de bruxaria e magia do mundo, Hogwarts, onde ele conhecera grandes amigos e começara a viver esse novo mundo repleto de criaturas e de magia.
Não há como não rever esse filme sem ter uma gigantesca sensação nostálgica, Harry vê aquele mundo com mesma curiosidade e ingenuidade que quando o vimos pela primeira vez, tudo ali é novo e cheio de encanto, um universo inteiro para se descobrir e se encantar ainda mais, por isso a escolha de Chris Columbus na direção foi perfeita.Pois Chris está mais do que acostumado em criar historias cheias de fantasia e meio infantis, como dois clássicos dos anos oitenta Os Goonies e Gremilins.
Steve kloves, que participou da roteirizarão de todos os longas exceto do quinto, Ordem da Fênix, faz um trabalho brilhante e muito fiel ao livro, sem, em nenhum momento, nós fazer se desinteressar dos acontecimentos do filme. As atuações não são nada de primorosas mas não chegam a irritar ou comprometer o longa, com exceção, da jovem, Emma Watson, que já se mostra uma atriz bem a frente de seus companheiros. Atriz que alias foi a única que conseguiu tirar a "marca" do papel em seus trabalhos seguintes, como em Bling Ring: A Gangue de Hollywood (2013) da Sofia Coppola e no maravilhoso e tocante As Vantagens de Ser Invisível (2012), nesses papeis, bem diferentes da sua personagem Hermione, ela se mostra realmente competente e diversificada, coisa que seus companheiros ainda não conseguiram fazer.
A parte técnica do filme é impecável, tanto na fotografia quanto na direção de arte, ambas só fazem crescer a sensação de magia e fantasia, os efeitos especiais são sempre belos, mas o aspecto técnico mais primoroso é a trilha sonora, trilha facilmente reconhecida, que praticamente se tornou marca registrada dos filmes da saga, sendo a musica "Hedwg´s Theme" a mais famosa entre elas.
Suas varias lições de amor, família e principalmente de amizade permaneceram com todos, que como eu, deixaram-se encantar com essa bela jornada, que nos levou a lugares de uma forma que nenhum outro jamais conseguiu e nos transportou a um mundo mágico e incrivelmente criativo, fazendo-nos sonhar. Harry Potter tem, e sempre terá, um lugar especial no meu coração assim como em muitos outros ao redor de todo o mundo.
Considero que dentre os 8 filmes da saga , nenhum é grande coisa , são só bons filmes. O que tornou H.P esse fenômeno foi o conjunto, o universo e os personagens criados , e o fato de terem crescido e amadurecido junto com seus fans. Valeu ter acompanhado essa saga .