Você percebe quando um filme tem um roteiro horrível, quando em menos de 15 minutos já arrumaram mais que 3 soluções fáceis para explicar todo o restante do filme. Não existe uma construção de roteiro de forma convincente, nem os personagens são trabalhados de forma digna.
É exatamente isso que acontece com Hooligans. O filme está lotado de clichês. Matt Buckner (Elijah Wood) vai pra Inglaterra, pois foi expulso de Harvard. Temos a oportunidade de conhecer um jovem garoto que apresenta ter muitas responsabilidades e medos. Ele vai à casa da irmã Shannon Dunham (Claire Forlani) e muito rapidamente já sabemos que nem ao menos comunicou ao pai que estava na Inglaterra. Por que o garoto cheio de medos não comunicou ao pai? Após isso o garoto entra numa 'gangue' (os hooligans) através do irmão de seu cunhado. Isso acontece da maneira menos convincente possível. Contar mais que isso seria revelar muito sobre o roteiro lotado de clichês.
Na tentativa de soluções desesperadas, alguns personagens misteriosos são citados. Para surpreender o telespectador o que o diretor faz? No meio da narrativa aquele personagem misterioso é alguém que estava presente no longa. Situações facilitadas ocorrem durante toda a narrativa.
O filme torna-se tão maçante que pra expor fatos do passado utiliza-se de flashbacks em câmera lenta. Até para chegar ao clímax, o filme utiliza-se de um lugar comum que não pode ser levado em consideração.
Alguns personagens têm atitudes totalmente incoerentes, levando-se em consideração aquilo que demonstraram durante toda a narrativa. O cineasta quer fazer um filme sobre violência, sem fazer que o espectador reflita. A violência ou mesmo o contexto em que a narrativa está inserida é apenas um pretexto para contar a história do americano na Inglaterra.
Como se não bastasse o filme tem um final medroso. “Tudo que o garoto viveu serviu para amadurecer”. “Ele agora enfrenta a vida com mais coragem”. E todo o blá, blá, blá típico daqueles que consomem a novela das 18 hrs.
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