Refilmagem de um filme chamado Invasores de Corpos de 1978 (que não vi) que é refilmagem de Vampiros de Almas de 1956 (que também não vi), Invasores se inicia com a personagem de Nicole Kidman dentro de um supermercado onde ela começa a tomar diversas pílulas medicinais e muito energético com o objetivo de não pegar no sono, e algumas pessoas gritam de dentro de um cômodo menor do lugar pedindo para que a moça abra a porta para eles poderem sair. Logo depois voltamos para o início da história para acompanhar como a protagonista chegou naquela situação incomum: Após a queda de uma aeronave espacial pessoas dos quatro cantos do globo começam a agir de forma diferente, como se fossem outra pessoa. Em poucos dias, a população é atingida quase que completamente, e assim os poucos que não pegaram a ‘doença’ notam que as pessoas são substituídas por extraterrestres.
Interpretada por Nicole Kidman, a protagonista de Invasores é puramente clichê, já que sua principal meta dentro da trama é encontrar seu filho, que é imune ao tal vírus, e para isso ela precisa se manter acordada (pois os aliens tomam conta do corpo quando ele está em descanso). Felizmente mesmo que Carol Bennell não seja uma figura das mais curiosas ou interessantes, ela é suficientemente comum para fazer o espectador torcer por sua sobrevivência, e atuação de Nicole Kidman também é surpreendentemente boa (mesmo que seja muito canastra em alguns momentos). E mesmo que não seja um personagem essencial a narrativa, Bem cativa a platéia graças ao carisma de Daniel Craig – e só, já que a atuação do ator não consegue ir além de ok.
O roteiro escrito por Dave Kajganich é bem sucedido ao estabelecer as regras da mutação de personalidades, tanto como pegar a doença como evitá-la, e o texto ainda consegue utilizar boas ideias a seu favor, como, por exemplo, a maneira de qualquer um poder andar livremente nas ruas e não ser reconhecido: basta não demonstrar nenhuma emoção. Por outro lado, nunca é esclarecido satisfatoriamente o objetivo dos alienígenas, já que em diversos momentos as criaturas tentam convencer os não infectados de que resistir é um futilidade, você tem que se entregar mesmo.
Porém, o fator mais curioso de Invasores é sua direção: Comandadas por Oliver Hirschbiegel e James McTeigue, as poucas sequências de ação são mal filmadas e abusam de ângulos cafajestes que não inserem o público dentro da cena fazendo com que ele fique perdido – e isso acaba interferindo o desempenho do clímax, felizmente os acontecimentos são alucinantes o suficiente para prender o espectador – e em diversos momentos os dois cineastas optam por usar flashs cafonas e insossos apenas para andar no tempo sem se preocuparem: O filme vai e volta em pequenas tomadas, usando apenas a fotografia diferenciada para fazer com que ninguém se perca nos períodos. Por ouro lado o suspense é muito bem conduzido, fazendo com que algumas sequências sejam absolutamente tensas e alucinantes.
Com situações nada convincentes, diálogos embaraçosos e um final ineficaz e sem nenhuma coragem, Invasores passa longe de ser um filme ótimo, mas seus momentos de suspense garantem uma diversão eficiente e que te prende até os minutos finais.
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