Um dos maiores Blockbuster da história, Jurassic Park tem na direção ninguém menos que Steven Spielberg, considerado o pai dos blockbusters. Bom, não é nenhuma novidade dizer isso. Desde que lançou nas telonas o sucesso 'Tubarão', Spielberg vem mostrando o porque recebe tal consideração. Entre outros como Os Caçadores da Arca Perdida e E.T., não havia como negar a tamanha importância de Spielbeg para os blockbusters de conteúdo.
O mais interessante disso tudo, é que no mesmo ano Spielberg trabalhava na produção de 'A Lista de Schindler' (Meu filme preferido dele), pelo qual recebeu sua primeira estatueta dourada, provando que ele tinha total controle de suas produções. Ora, não é nada fácil criar um blockbuster desse porte e no mesmo ano produzir um filme longo e bem trabalhado como 'A Lista de Schindler'. E o que diferencia dos demais diretores é que suas produções tem um excelente nível de qualidade, tanto na trama, quanto nos efeitos especiais e atuações.
Os paleontólogos, Alan Grant (Sam Neill) e Ellie Sattler (Laura Dern), são convidados pelo milionário John Hammond (Richard Attenborough), para conhecer o parque dos dinossauros, lugar criado por ele. O que eles encontram é uma ilha exuberante ocupada por dinossauros reais criados a partir de DNA encontrado de âmbar fóssil. Junto com um advogado, um Doutor e os dois netos do milionário, eles passeiam pelo lugar afim de explorar e conhecer as espécies, e o que era pra ser um passeio normal, interessante e divertido, acaba sendo um passeio assustador para eles mas divertido e tenso para nós.
O roteiro baseado no best-seller de Michael Crichton não nos apresenta fábulas nem fantasias para explicar a criação dos dinossauros. Pelo contrário, sua história é interessantíssima e com um desenvolvimento mais que satisfatório. Sempre há uma explicação para tudo, sobre a criação dos dinossauro, desde a reprodução dos mesmos. Spielberg ainda levanta um debate sobre os crimes contra a natureza e sobre a evolução, podemos ver isso na cena em que todos estão sentados ao redor de uma mesa discutindo sobre a situação. Cada um ali apresenta um ponto de vista, defendendo suas opiniões. O paleontólogo Grant, por exemplo, acha tudo aquilo inacreditável mas ao mesmo tempo um crime contra a natureza e a evolução das espécies.
Além do espetáculo de som e imagem, temos a fantástica Trilha sonora composta por John Willians, que novamente se junta com Spielberg e deixa sua marca registrada na obra. Quem é que não fica com os olhos brilhando quando eles acabam de chegar na ilha e vêem pela primeira vez um Braquiossauro e ao fundo aquela trilha maravilhosa? O mundo criado é totalmente fabuloso, ou melhor, os dinossauro, criados de um modo totalmente convincente. E tinha que ser, afinal eles são os astros do filme. Um filme que levou multidões aos cinemas (que pena que eu não era daquela época), e lógico, o povo ia mesmo era pra presenciar todo aquele espetáculo criado por Spielberg.
E mais uma vez Spielberg brinca na direção. Percebemos aqui um pouco do que ele fez em 'Tubarão'. Ele sabe criar tensão e ansiedade como ninguém. Em 'Tubarão', o animal já ataca logo na primeira cena, mas o curioso é que não o vemos, o que torna a cena ainda mais sufocante. Assim acontece em 'Jurassic Park', na primeira cena já vemos uns ataques, mas não vemos os dinossauros. Spielberg reserva esse momento para a chegada na ilha, e ficou fantástico, a ponto de pensarmos: "Valeu a pena esperar!" O deslumbre é tão grande que não nos arrependemos em esperar. E se ficasse ruim, acredito que não teria a metade da multidão que assistiu nos cinemas.
Lembrando que não é só as aparições dos dinossauros que movem o filme. Lógico, tem toda uma história, mas os momentos de tensão, ansiedade e deslumbre são impagáveis. Os dinossauros são os causadores disso tudo, óbvio. E a cena da primeira aparição do T-Rex? já é Clássica. Todos dentro do carro no meio da noite, com o carro enguiçado na trilha, as cercas elétricas em pane e o dinossauro mais assustador de todos fica à solta. De repente o copo d'água começa a tremer, o carro começa a balançar, e um som arrebatador sai do meio da floresta. Ou então a perseguição dos Velocirraptores na cozinha, ou então o combate final entre eles e o T-Rex. Enfim, como toda obra de Spielberg, vale muito apena. Ele sabe unir diversão e qualidade como ninguém.
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