Já tinha assistido aos primeiros Jurassic Park, lembro de gostar dos filmes, mas faz tanto tempo desde que eu assisti que mal lembrava das coisas que aconteciam. Há algumas semanas atrás fui assistir Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros convencido por um amigo que gostou muito e posso afirmar que lembrei dos motivos que me fizeram gostar dos primeiros, já que o projeto atual praticamente reutiliza a estrutura dos filmes pioneiros da franquia com a inserção de novos elementos que pretendo discorrer sobre a seguir.
Toda grandiosidade dos primeiros filmes Jurassic Park foi transmitida através de uma trilha sonora dramática e inspiradora, que beira o cafona algumas vezes, mas sem dúvidas transmite um sentimento de que o Jurassic World é o parque mais incrível que já criaram desde a Disney.
Destaque também para a belíssima Bryce Dallas Howard que incorpora Claire Dearing, a chefe de operações do parque, com uma pegada feminista que está cada vez mais em evidência na sociedade. Ela dirige um parque inteiro sozinha ordenando diversos machos, sempre se mostrando ágil e versátil com diversas cenas de empoderamento da mulher e, inclusive, humor (“Claire, você está correndo atrás do dinossauro?” “SIM!”). Já a atuação do Chris Pratt que interpreta o domesticador de dinossauros, Owen Grady, consegue permanecer na linha tênue entre um homem de espírito bravo, aventureiro, amante dos animais e capaz de deixar qualquer criança encantada, porém não fofo o suficiente para apagar seu sexy appeal em cena.
O roteiro sabiamente prolonga a entrada dos dinossauros em cena, eles só aparecem de fato depois de, mais ou menos, quarenta minutos, o que cria uma grande expectativa que consegue se concretizar no decorrer do filme. É realmente surpreendente o fato dos dinossauros não parecerem criaturas criadas em um programa de computador, detalhes como a textura da pele, expressões e movimentos os fizeram tão reais que temos a impressão de estar assistindo animais que vemos durante o dia a dia.
Assistindo à Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros pude compreender como ele conseguiu realizar a façanha de ser a maior estreia de todos os tempos, pois consegue agregar diversos públicos-alvo com elementos que surgem de forma natural na trama. Por exemplo, a história dos dois irmãos mostra o lado aventureiro e inocente do filme, enquanto as cenas de confronto com os dinossauros (que são de tirar o fôlego!) atraem o público com mais de 16 anos pelas cenas de violência explicita.
Enfim, o que posso concluir é que o filme resgata muito nostalgia do Jurassic Park, mas sem parecer datado graças ao uso de elementos e abordagem de temas atuais, como feminismo, tecnologia e cenas de perseguição que são de deixar qualquer espectador à beira do assento.
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