Muita ação, ótimos personagens, chacinas, e muita diversão resultam em um dos melhores filmes do ano. (Quem diria)
Se existe tantos vilões, porque eu não posso ser um dos heróis? Porque é fácil encontrar vilões pelas ruas e tão difícil encontrar heróis? Com esse pensamento Dave Lizewski decide comprar uma fantasia meio idiota junto com um bastão pela internet, afim de se tornar um herói, pois mesmo sem ter poderes especiais, apenas usando a coragem e revolta ele parte para as ruas em busca de alguém em perigo sem ao menos saber brigar, pois o que ele queria era provar que todos podem ser heróis.
Kick Ass surpreendeu espectativas. Não é nada mais nada menos do que mais um filme baseado em Histórias em Quadrinhos lançado nos cinemas. A verdade é que muitos já estão dizendo que o filme consegue ser melhor que o próprio HQ, que é um fato raro. Com um estilo pop, clima adolescente, história que certamente agrada, por se tratar de uma situação sobre humanos de verdade, de uma pessoa que pensa como muitos leitores de HQs já pensaram, trilha sonora que tem tudo pra agradar, personagem loucos, e um certo tom de violência que atrai mais ainda os jovens espectadores. Misturando tudo isso, apesar de o filme ter os clichês básicos, e uma história simples, Kick Ass pode até ser taxado como um filme “Sessão da Tarde” para maiores de 18 anos.
Nunca li o HQ, mas percebe-se que a história por si só já é o suficiente pra atrair fãs. Para Dave tudo se complica quando seu ato de heroísmo é filmado por curiosos nas ruas, o que acaba tornando-o famoso. O vídeo se torna um dos mais vistos no YouTube, os noticiários não falam sobre outra coisa e logo, Kick Ass se torna um pequeno fenômeno local. Mas quem não está nada satisfeito com as intervenções do herói é Frank D’Amico, um milionário mafioso. A partir daí, a loucura começa.
Hit-Girl é a alma do filme. Ela rouba, sem exageros, TODAS as cenas. Quando ela entra em cena, é impossível não ficar boquiaberto com todas as aquelas chacinas. Ela é apenas uma criança mas mata feito adulto. Ensinada por seu pai Big Daddy, a menina aprendeu a se virar sozinha, a espancar mafiosos, e até matar se for preciso. Juntos, eles ajudam no combate ao crime, secretamente é claro. O diretor acerta ao mostrar em alguns flash o passado dos dois e o melhor, a técnica usada, o Anime, assim como fez Tarantino em seu Kill Bill. Eles são heróis de verdade, treinados. Diferente do trapalhado Kick Ass, mas o destino acaba por uni-los.
Hit-Girl é interpretada por Chloe Moretz, uma menina de apenas 13 anos. Merecedora de todos os altos elogios que a crítica vem fazendo este ano, a menina prova ter uma grande carreira pela frente. Ainda é pouco conhecida, mas seu trabalho mas recente foi uma pequena participação em (500) dias com ela, mas é aqui que a menina mostra mesmo o seu talento. Gira facas, luta, derruba marmajos, esfaqueia, atira, dá golpes mortais, enfim, a menina é o bicho. Digna de ser comparada até pela nossa querida Noiva de Kill Bill.
Matthew Vaughn, juntamente com o roterista Jane Goldman traz boas sacadas para trazer uma certa identificação a cerca dos espectadores. Uma narração em off, do personagem principal, serviu como uma luva para a envolver o espectador com ele e ainda referências de outros heróis conhecidos com Wolverine, o Homem Aranha e o Batman. Referências pops, do mundo dos adolescentes como o YouTube, Trilhas acelerada com bandas de Rock. Cenas altamente divertidas, melhor do que muitas comédias, como a cena em que ele leva uma surra pela primeira vez. Hilária.
Apesar de, como eu disse, o filme não se livrar dos clichês básicos, pois o rapaz passa momentos dentro do colégio, ele gosta de uma garota que não dá a mínima pra ele, é zombado e taxado como nerd, essas coisas. Ouso dizer que tudo é perdoado aqui. Nunca esses clichês pareceram tão inéditos e divertidos. Cenas de ação eletrizantes, melhor do que muito filme de ação, enfim, Kick Ass tem de tudo um pouco, talvez um dos filmes mais divertidos e gostosos de se assistir e sem dúvidas um dos melhores filmes lançados nesse ano.
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