Numa de o destino bate a sua porta… um encontro entre duas pessoas que nesse início nem imaginam que enfrentarão seus piores pesadelos para então seguirem em frente numa doce e porque não um tanto quanto bagunçada harmonia entre eles. Em “Letra e Música” esses pesadelos virá com ele tendo que encarar sua Anima, e ela o seu Animus. Ou seja, ele se deixar levar também por seus sentimentos, e ela ao contrário, tentar não se levar tanto por eles. E quem seria esses dois que o destino levou a se conhecerem? De imediato, fora pelo dinheiro, ou melhor, pela necessidade dele no dia a dia de ambos.
Ele é o músico Alex Fletcher, personagem de Hugh Grant que embora vivendo um já tanto gasto em sua carreira, mas que talvez por não ter feito tantas caras e bocas, deixando as falas como o forte na performance, conseguiu sair bem com um Alex que encanta! Alex Fletcher vive do passado, literalmente e monetariamente falando. Um astro Pop de uma banda dos anos 80, e que até por não ter conseguido decolar numa carreira solo, vive de cantar os antigos Hits em Parques, Eventos… Além de ainda cantar bem, seu talento maior estaria em compor melodias. Nada em letrar as próprias composições musicais.
“Caminhar… Ver outras coisas… Isso tudo acaba destravando a mente. Quando se encontra um muro deve mudar de foco.”
Até que seu empresário, Riley (Brad Garrett), lhe traz uma ótima notícia: a estrela pop do momento, a cantora Cora Corman (Haley Bennett), quer conhecê-lo. Ela tem um apreço especial por um de seus antigos sucessos. Mas lhe pede uma nova canção dentro do tema: “Um Caminho de Volta ao Amor“. Dando a Alex pouquíssimos dias… Riley até lhe consegue um letrista muito aquém do romantismo que o tema sugere, e do passado de Alex… Mas eis que uma jovem meio descompromissada surge na vida de Alex…
“Uma melodia é como ver alguém pela primeira vez. A atração física. Sexo. Mas então a medida que você vai conhecendo a pessoa isso é a letra. A história deles. Quem eles são no interior. É a combinação dos dois que torna isso em algo mágico.”
Ela é Sophie que também tem um passado nebuloso. Ela, a princípio, fora fazer um favor a uma amiga em ir regar as plantas do apartamento de Alex, quando então meio que invade a vida dele. Numa encantadora performance de Drew Barrymore que até deu química com Hugh Grant. Ela já encontra Alex tentando retirar um viés poético do tal letrista… já que esse por sua vez que seguir por algo do tipo “popuzuda” de Cora… para piorar, Alex é dono de um ligeiro TOC, que o leva a sair atrás de Sophie que nem liga se está bagunçando ao ir colocando as coisas fora do lugar… Até que Sophie sem querer solta uma frase entre o duelo de Alex com o tal cara… Contrário desse outro, Alex gosta… Vendo então nela a letrista que procurava…
Bem, entre essa frase até a composição final… Somos brindados com cenas engraçadas, como também que emocionam. Confesso que os olhos lacrimejaram em uma das cenas. Para os que também curtem Comédias Românticas, terão com “Letra e Música” um bom filme. Onde o Diretor Marc Lawrence, que também assina o Roteiro, faz um bom trabalho! Até por ironizar certas performances sensuais de cantoras em detrimento música! Ah! Deixando o aviso de que a música que Alex e Sophie compuseram, embora seja muito bonita nos acompanha por alguns dias. No mais, dou Nota 08!
Não gosto de Grant, mas reconheço que ele é eficiente no que se propõe. Belo texto, mas o filme não foi agradável pra mim....
Hugh Grant depois de "Quatro Casamentos e Um Funeral" parece ter encarnado um esteriótipo... Por vezes, se perde... Noutras, se acha... E aí ganhamos nós!
E Meninos, grata!