Misery, EUA, 1990. Diretor: Rob Reiner. Elenco: James Caan, Kathy Bates, Lauren Bacall, Richard Farnsworth, Frances Sternhagen, Grahan Jarvis, Julie Payne.
Um escritor de sucesso, que fez fama e fortuna com a série de livros Misery, sofre um acidente quando voltava para casa. Seu carro derrapa na neve e capota, nas montanhas do Colorado, deixando-o desmaiado, com diversas fraturas, preso dentro do veículo. Uma ex-enfermeira que mora sozinha nas redondezas, retira-o do carro e o leva para sua casa para prestar-lhe socorro. Ela percebe que se trata de um escritor famoso e se diz sua fã número um (tem a coleção completa de livros sobre a personagem “Misery”, de suas histórias, com quem se identifica e torce para que ela sempre se dê bem). Para agradecê-la, o escritor permite que ela leia seu recém-acabado romance, no qual ele resolve encerrar a série, matando a personagem, declarando-se cansado de escrever sobre ela. Irritada ao ler os manuscritos que narram a morte de sua personagem favorita, a fã revela-se uma psicopata, tornando a vida do escritor um verdadeiro pesadelo.
Esta é uma das melhores adaptações, para o cinema, de um livro do famoso escritor Stephen King, autor de diversos contos que deram origem a filmes, como “Carrie” (1976), “O Iluminado” (1980), “Shawshank Redemption” (1995), e “The Green Mile” (1999), entre outros. Em “Misery” (no original), a história gira, quase todo o tempo, em torno de apenas dois personagens: a enfermeira e o escritor. Ainda assim, o diretor consegue criar um filme dinâmico, com uma trama intensa e violenta, principalmente devido à ágil fotografia de Barry Sonnenfeld, que depois realizaria, como diretor, as ótimas comédias: “A Família Adams“ e “Homens de Preto”.
O filme traz um excelente roteiro de William Goldman, de “Butch Cassidy”. O diretor Rob Reiner (de “Conta Comigo“ e “A Princesa Prometida”) realiza, aqui, um trabalho impressionante, repleto de humor negro, sustos e ironias em torno da profissão de escritor. A cena de destaque é a da marreta, que permanece na mente do espectador. O título brasileiro, dado ao filme, "Louca Obsessão", lembra uma série de outros. Faz o espectador se confundir e deixar de assisti-lo, por pensar que se trata de outro.
Kathy Bates, que até então era uma atriz de teatro, foi premiada com o Oscar por essa interpretação, e pode ser vista também em outros ótimos papéis, como em: “Tomates Verdes Fritos” (1991), “Titanic” (1997) e “As Confissões de Smidth” (2002). O ator James Caan tem, como destaque em sua filmografia: “El Dorado” (1967), “Rollerball” (1975) e “Dogville” (2003). A veterana Lauren Bacall, que faz a responsável pela editora, pode ser vista também em "À Beira do Abismo" (1946), "Assassinato no Expresso Oriente" (1974) e "Dogville" (2003).
A edição nacional em Blu-Ray Disc, pela MGM/Fox, traz a imagem em widescreen e som DTS-HD Master Áudio 5.1 (em inglês, português e francês). Não inclui qualquer extra, o que é inadmissível em um lançamento em Blu-Ray Disc. Todo o material extra que existe a respeito dessa produção faz parte do lançamento em DVD. São eles: trailer original de cinema, teaser, galeria de fotos, comentários em áudio (sem legendas), do diretor e do roteirista, making of retrospectivo e o documentário sobre a trilha musical, “Misery Music Tour“ (com o compositor Mark Shaiman).
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