Já faz 14 anos desde que conhecemos pela primeira vez Machete Cortez, no filme SPY KIDS de 2001; o tio de Carmen e Juni que equipava os jovens com bugigangas malucas de alta tecnologia. Dirigido por Robert Rodriguez, o filme fez muito sucesso entre as crianças, já que era bem infantil, assim como suas sequências (horríveis, por sinal). Em 2010, lança-se o spin-off MACHETE, centralizando o próprio “velhote das bugigangas”, mas desta vez, com uma temática muito mais adulta, embora até mais clichê do que a trilogia SK.
Em 2013, somos presenteados com MACHETE KILLS, continuação do longa de 2010, dirigido também por Rodriguez. O filme já prometia o que sempre foi do feitio do diretor: sangue, clichês, apelo sexual e humor ácido, sempre fazendo referências a outros filmes ou até fatos reais.
Vamos à análise! Primeiramente, só queria dizer que o filme não é tão bom quanto o primeiro. O fator que causa essa inferioridade é simples: a longa duração para o “mais do mesmo”. Há momentos em que o enredo maluco cansa e acaba tirando a diversão do telespectador. Os efeitos são precários propositalmente!
O elenco está do mesmo nível: Danny Trejo e Charlie Sheen estão hilários como sempre. As mulheres são maravilhosas como de praxe, mas é aí que entramos na segunda decepção do filme: os vilões. MACHETE KILLS apresenta vários, assim como a maioria (ou todos) dos filmes de Rodriguez, mas pena que só um deles presta: Demián Bichir como o revolucionário bipolar Mendez. O resto está péssimo e ridículo (mais do que o próprio objetivo do filme). O “assassino sem rosto”, interpretado por Lady Gaga, Antonio Banderas, Walton Goggins e Cuba Gooding Jr.; a prostituta Desdemona interpretada por Sofía Vergara; e talvez o mais ridículo de todos, Voz, interpretado por Mel Gibson.
Uma coisa que alguns devem perguntar é: “se MACHETE é um spin-off de SK, Carmen e Juni aparecem?” Sim, mas não como Carmen e Juni. Daryl Sabara e Alexa Vega fazem pequenos papéis, como o mecânico Julio no primeiro filme e a prostituta assassina Killjoy no segundo, que também está péssima, embora bem sexy.
O humor “escroto” (assim digamos) do primeiro filme está até maior agora, com um trailer de uma possível sequência, tirando um grande sarro de Justin Bieber. É a única cena em que eu realmente dei gargalhadas!
MACHETE KILLS não chega perto de seu antecessor e é uma comédia bem burrinha se comparada com as críticas inteligentes, embora toscas, do primeiro filme. O roteiro é arrastado, os personagens são fracos, mas ainda assim o filme diverte em sua primeira hora. Quando Mel Gibson aparecer pela primeira vez, torça para o longa acabar logo!
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