Alguns jovens por não conseguirem engolir alguns sapos que a vida por vezes impõe, terminam por engolirem coisas piores. Agora, se nessa trilha que decidiu seguir, aprender a lição, pelo menos terá valido a pena o sufoco que passou. Para aprender que também há os espinhos. Que mais que retirá-los de todo, deve-se achar um meio de não se ferir com eles. E a vida termina mesmo, para quem morre.
rosas-colombianasUns anos atrás, pela televisão, fiquei conhecendo as rosas colombianas. Lindíssimas por sinal. Em em especial, por deixar manusear suas pétalas sem que as mesmas caísse. Além disso, só na menção de onde viam – Colômbia -, já era um indicativo de que uma outra plantação estava fazendo sucesso. De que as pessoas de lá, teriam mais uma chance de um trabalho dentro da lei. E fora das drogas.
Mas nesse filme, ‘Maria Cheia de Graça‘, podemos ver que mesmo dentro da legalidade, há um ainda um clima feudal dos responsáveis. Por exigir cotas de produção, não permitem certas regalias aos funcionários. Nem que vão ao toalete mais vezes. Era o pretendido pela Maria (Catalina Sandino Moreno). Por conta de enjôos da gravidez, ao ser impedida de se ausentar das suas funções – tirar espinhos das rosas -, se desentende com o encarregado da seção, e é demitida.
Pressionada pela mãe e a irmã para arrumar logo um emprego, no caminho até o centro da cidade, encontra com um jovem que conhecera numa festa. Ele na verdade era um aliciador de mulheres para servirem de mula. Que para ainda quem não sabe: é pessoa que transporta drogas em seu corpo. Maria e outras jovens iriam levar a coca no estômago até Nova Iorque.
Os traficantes enviam várias, já sabendo que uma delas será boi de piranhas. Ou seja, enquanto uma é detida, as outras terão um pouco mais de facilidade ao passar. E fora o risco de serem presas, há o risco de um dos bastões estourar dentro do estômago. Aí, é fatal!
Não há tensão maior no filme. De cá, mesmo o título entregando o filme, ficou uma torcida para que Maria não desperdiçasse por aquela graça alcançada. Que tivesse tino depois do que passou, do que viu acontecer. É um bom filme. Dou nota 8. Mas não me deixou vontade de rever.
Por: Valéria Miguez (LELLA).
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