Hilary Swank brilha em uma história real, triste e chocante.
Teena Brandon (Hilary Swank) é uma menina que passa por problemas de identidade sexual. Ela decide trocar de nome e passa a se chamar Brendon Teena, beijando meninas e saindo com amigos homens, bebendo cerveja e se metendo em brigas. Além disso, ela encara problemas com a justiça, que envolvem roubo de carros, etc. Em uma noite difícil, ela conhece Candace, que a convidapara uma festa em um local bem distante de lá. Quando começa a se enturmar com as outras pessoas, ela conhece Lana (Chloë Sevigny), uma garota deprimida e rebelde, e se apaixona. Os problemas começam a surgir quando sua identidade sexual é descoberta, o que desencadeia em uma série de ondas de violência pela cidade.
Se a sinopse acima faz os leitores pensarem que Hilary Swank interpreta uma personagem rebelde e irritante, estão muito enganados. Se tem algo que a atriz não passa é isso, Brendon é uma mistura de independência, aventura, problemas e sofrimento não aparente. E neste ponto a atuação fantástica de Swank se encaixa perfeitamente, além de um corte de cabelo e roupas e posturas masculinas além de uma voz mais grave, Swank não parece nem um pouco com uma mulher, a não ser pelo fato de já conhecermos o rosto da atriz. Sua interpretação é tão calorosa e perfeita, que é impossível não se emocionar pela sua história de vida. Uma história real, diga-se de passagem, o que significa que o roteiro encobre toda a trajetória da vida da real Teena Brandon no ano de sua morte, 1993. Apesar de ser bem escrito e montado melancolicamente, a diretora Kimberly Peirce e o seu parceiro e tabém roteirista Andy Bienan constroem uma narrativa jovem e mais basicamente, noturna. Infelizmente nem tudo saiu como deveria, algumas cenas ficaram surreais demais pra um filme de auto-estrada como esse, sempre com um tom mais de solidão com juventude mesclados ao sexo e ao amor. Aqui também une-se o univerno parelelo das drogas, que na verdade não é o assunto exato e nem um contorno da história e sim uma realidade da juventude punk dos anos 90, mas tudo parece alucinógeno demais, o que imagens da lua e o do movimento acelerado dos carros durante a noite. A fotografia também tem seus altos e baixos. Em alguns momentos ela fracassa, com em cenas onde o luar prevalece sobre duas pessoas, e se supera em cenas noturnas também, mas onde a escuridão é total e pouco se vê além da solidão dos personagens.
Kimberly Peirce se mostra uma diretora competente, tendo gasto três anos de sa vida apenas na escolha da atriz que intepretaria Teena Brendon. Apesar de ser este o seu primeiro trabalho como diretora, mas não como roteirista, ela se mostra uma boa condutora de elenco, onde todos estam fantásticos. Entre os coadjuvantes destaque para a indicada ao Oscar Chloë Sevigny, intérprete de Lana. Sua atuação, principalmente nas cenas finais é tocante e real, muito gratificante. Peter Saarsgard como um impulsivo John e Alicia Goranson como a jovem mãe Candace também estão ótimos. Mas logicamente, nenhum deles consegue tirar o prestígio que Hilary Swank conquistpu com seu primeiro Oscar, muito merecido.
Meninos Não Choram é um ótimo filme, que foge de sentimentalismos e pode ser considerado mais como um choque da triste e cruel realidade. A américa, a auto-estrada, o mundo jovem das drogas e do sexo, assim como o senso banal de aventura, tudo está muito bem retratado neste longa, coroado por grandes interpretações de um elenco praticamente todo jovem.
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