O título não ajuda muito (mais parece um besteirol norte-americano) e a história geral já é batida: profissional anteriormente bem-sucedido e atualmente decadente/fracassado encontra jovem talentoso e desconhecido/desacreditado... juntos, ambos mudam suas vidas. Em suma, duas pessoas perdidas que se encontram através da música (ou outro “dom”). Algo visto em dramas e comédias como Mudança de Hábito (1992), Jerry Maguire - A Grande Virada (1996), Letra e Música (2007), Solista (2009) e Karatê Kid (2010).
Contudo, a originalidade é o que difere – e sobressai – este filme dos demais. Há pelos menos cinco momentos importantes nos quais a história está caminhando para o mais-do-mesmo, mas aí o roteiro e seus personagens tomam outro rumo, fugindo dos clichês hollywoodianos de “vitória do bem” e “felizes para sempre”. Não que a história seja triste e os personagens terminem fracassados e infelizes. Ao contrário, o filme é simples, leve, bem humorado (mesmo no drama), inspirador e há, sim, finais felizes (para alguns), mas os conceitos de felicidade e sucesso são construídos, conquistados, questionados e – principalmente – particulares. Algo no melhor estilo “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.
A escolha do elenco também é original. Com exceção de Adam Levine (cantor), o filme possui ótimas interpretações. Destaque para Mark Ruffalo (atual Hulk) em um papel complexo em sua simplicidade. Destaques também para a fotografia e a EXCELENTE trilha sonora. O filme não deixa de ser uma homenagem aos clássicos norte-americanos e à cidade de Nova York.
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