O sexo é um dos principais pontos de O Amante Duplo, de François Ozon - que mostra uma mulher comum, logo ela se envolve com seu médico, não demora muito para o gêmeo surgir, ele que também é médico só que com personalidade totalmente diferente, aos poucos, a mulher se envolve com ambos os gêmeos e acaba por descobrir segredos intrigantes e sombrios.
O filme é propositalmente cafona e novelesco, não faz questão nenhuma de passar longe de qualquer forma sutil, é assim durante todo o filme, desde a primeira cena após os créditos, ele se assume desde sempre, é extravagante, cheio de cores, com cenas quentes e algumas até exageradas, por exemplo, em uma cena quando eles estão no auge de uma cena sexual, a câmera entra diretamente na boca da mulher e mostra suas cordas vocais, as cordas tremiam enquanto ela geme.
O duplo do título está em todas as cenas do filme, François Ozon duplica seus personagens durante todo o filme, seja por cenas em frente do espelho ou com a tela dividida, como eu disse um pouco acima, o diretor não esconde sutilezas, a extravagância de Ozon fica ainda mais clara quando vemos a protagonista indo encontrar seu psiquiatra pela primeira vez subindo uma enorme escada em espiral ou quando sua roupa complementa as cores do museu onde trabalha até em certo momento quando a vemos falando ao telefone toda contornada por galhos de uma obra de arte.
O filme ganha ainda mais força nos minutos finais, quando entra de cabeça no suspense, o absurdo de algumas cenas, sejam esteticamente ou por meio de uma trama que praticamente não importa, em outras palavras o filme de Ozon é sim qualquer coisa e isso não é ruim, justamente o contrário, é um filme que não quer ser levado a sério, ele é extravagante e gosta disso, as cenas de sexo são extremamente excitantes, que se você conseguir aceitar o que está sendo proposto fica impossível não se divertir ou se excitar.
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