Como toda obra expressionista, o filme parte de uma idéia bastante original e interessante: um grupo de pessoas da alta sociedade não consegue abandonar a casa dos anfitriões de um jantar, mesmo sem conseguirem explicar o motivo disso. Como os personagens apareceram sem qualquer apresentação, não fica muito clara a relação entre eles. Assim, o tempo vai passando, à medida que as pessoas vão se degradando, definhando e, algumas, até morrendo.
Em cada cena, parece que estamos vendo uma espécie de filmagem de “A Metamorfose”, misturada com “O Processo” (ambas, obras de Kafka), ou seja, o roteiro (tudo indica ser uma crítica à sociedade) vai passando pela tela e o pobre espectador comum entende cada vez menos o que está vendo.
Também como toda obra expressionista que se preze (geralmente os autores não conseguem dar um final coerente e compreensível), o filme termina de repente, sem muita explicação para o que foi visto. Então, é claro que fica a pergunta: o que foi que eu assisti?
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