O que podemos sempre esperar da parceria entre Martin Scorcese e Leonardo DiCaprio é qualidade. O Aviador concorreu ao Oscar de melhor filme em 2005, perdendo merecidamente nesse caso, para Menina de Ouro.
Howard Hughes (DiCaprio) herdou a fortuna da família, obtida através do petróleo, mais precisamente na construção de brocas para a perfuração dos poços. Mas ao invés de continuar com os negócios, resolve investir seus recursos na produção de filmes e na construção de aviões. Sua genialidade o impulsiona a fazer os filmes mais caros e a construir aviões nunca antes imaginados. Seus hábitos excêntricos e gastos messiânicos quase o levam a perder tudo, inclusive a vida, mas mesmo assim Howard continua na direção do sucesso ou da completa ruína.
Em resumo, o filme é bom. Howard é uma exceção entre os milionários. O que o motiva não é o lucro, mas a realização de seus sonhos. Não se importa com reputação ou com a falência. O interessante é que além de recursos financeiros e conflitos com adversários políticos, a sua maior dificuldade é manter a sanidade. Hughes sabe que a loucura está tentando dominá-lo e luta constantemente para manter a lucidez. Ainda assim encontra nas amantes (duas atrizes um tanto quanto mentalmente instáveis) Katharine Hepburn ( Cate Blanchett ) e Ava Gardner (Kate Beckinsale) a ajuda para se recompor de suas crises. O ápice do filme se dá no confronto de Hughes contra o senador Owen, que o leva a prestar declarações acerca de acusações sobre sonegação de impostos e desperdício de dinheiro público a uma comissão do senado.
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