The Thing, EUA/CAN, 2011. Direção: Matthijs van Heijningen Jr. Elenco: Mary Elizabeth Winstead, Joel Edgerton, Eric Christian Olsen, Kim Bubbs, Jonathan Walker, Ulrich Thomsen, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Paul Braunstein, Trond Espen Sein.
Uma equipe de cientistas, na Antártida, encontra uma nave alienígena e descobre uma estranha criatura enterrada no gelo. Entretanto, a euforia da descoberta logo se transforma em terror, quando a criatura volta à vida e começa a tomar a forma de todo ser vivo do qual se aproxime, jogando uns contra os outros e tentando matar a todos.
O título desse filme deveria ser “A Coisa” (esse foi o título dado a ele em Portugal), porém já havia sido lançado, no Brasil, o filme “The Stuff” (1985), que traduziram como “A Coisa”, isso porque o filme de John Carpenter, “The Thing” (1982), havia sido batizado como “O Enigma de Outro Mundo”, por tratar-se de refilmagem de “The Thing From Another World”, de 1951, que, por sinal, recebeu, aqui, o apelido de “O Monstro do Ártico” (durma-se com um barulho desses).
Nada a ver! Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. Ocorre que “the stuff” quer dizer muitas coisas, entre elas: “a coisa”. Porém, de acordo com o enredo, deveria chamar-se “A Substância” (que é uma das traduções para “stuff”). Conclusão: diante dessa salada mista e desse desrespeito todo dos executivos das distribuidoras brasileiras com os títulos de obras estrangeiras, este novo “The Thing” também passou a ser chamado de “O Enigma de Outro Mundo”.
Com produção de Marc Abraham e roteiro co-escrito por Eric Heisserer (de “A Hora do Pesadelo” e “Premonição 5”), a ação, aqui, se situa imediatamente antes dos acontecimentos mostrados no filme homônimo (considerando o título original), dirigido por John Carpenter em 1982. Portanto, não se trata de outro remake de “The Thing From Another World”, de 1951, como era o caso do filme de Carpenter. Este é um prelúdio, uma outra história, que nos conduz aos fatos relatados no filme de 1982. Ficou claro? Claro que não. Citando o velho Chacrinha (Abelardo Barbosa), os executivos das distribuidoras brasileiras devem estar dizendo assim: “eu não vim aqui para explicar; eu vim para confundir”.
Final das contas: este é um filme digno, que diverte e homenageia o original, e, nessa homenagem, chama nossa atenção para vários detalhes do filme de 1982. Deve ser assistido sem comparações, para que se possa observar melhor as suas qualidades. É um filme que deverá ser redescoberto no futuro. Tem ótimo suspense, ótimos efeitos visuais, ação e tensão constante. A atriz Mary Elizabeth Winstead é carismática e funciona bem como a protagonista. Ela atuou também em “Premonição 3” (2006), de James Wong, e em “À Prova de Morte” (2007), de Quentin Tarantino. O restante do elenco não decepciona.
A edição nacional em Blu-Ray Disc, pela Universal Movies, traz a imagem em widescreen anamórfico, com som DTS-HD Master Audio 5.1 (em inglês, português e vários outros idiomas). Inclui os seguintes extras: cenas excluídas ou estendidas, os documentários “A Coisa Evolui” e “Fogo & Gelo”, características e comentários do diretor e do produtor, e o recurso “quadro a quadro” (exclusivo em Blu-Ray).
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