Nem tão espetacular assim...
E para terminar o ano dos heróis no cinema, falaremos do terceiro filme que compõe as três grandes adaptações de 2012 (desconsiderando Motoqueiro Fantasma 2), “O Espetacular Homem Aranha, que tinha a missão de recomeçar a historia de Peter Parker nos cinemas, após o fiasco de Homem Aranha 3, de Sam Raimi. Mas como pensar numa nova premissa para o Aracnídeo, apenas 5 anos após o fim da ultima tentativa, com os três filmes anteriores muito frescos nas cabeças dos expectadores, trazer uma nova proposta para o mesmo personagem. Comparações seriam inevitáveis, (tentarei não me ater a isso para a analise), em todos os sentidos, desde a história até os protagonistas. A intenção era aproximar mais aos quadrinhos, principalmente a atual revista mensal do Aranha, trazendo algo mais do começo mesmo, como a não presença de Mary Jane e Harry Osborn, caminhar passo a passo por processos que o herói passou. Confesso que de inicio, com as fotos e partes do roteiro que vazavam acabei achando interessante, que o filme iria funcionar, até mais que o primeiro original, mas acabou me decepcionando de verdade aos fins das contas, aliás, das três adaptações achei essa a mais fraca, até mais que Vingadores, acabou sendo um filme que não se encontra, que caminha pos vários momentos mas não se encontra em nenhum deles, definitivamente, de espetacular aqui, só o nome.
Peter Parker (agora na pele de Andrew Garfield, do ótimo A Rede Social) ainda é o garoto dotado de extrema inteligência, mas não é exatamente um nerd. O comportamento do personagem é outro, ele consegue se associar com garotas e garotos da escola, tem uma certa desenvoltura ao falar, se mostra um ser diferente do que conhecíamos, talvez essa seja a forma como o herói é mostrado nas atuais HQ’s, como não tive contato algum com ela, acabei estranhando esse fator, o que já me deixou com um certo pé atrás.
Peter vive com os tios, após a morte mistériosa dos pais, cuja qual ele leva consigo até hoje a fim de descobrir o que realmente se passou. Parker ainda tem sua paixão de colégio, a sua primeira, dessa vez mostrada corretamente, Gwen Stacy (personagem que já havia dado as caras na antiga franquia, tarde e erroneamente, agora vivida por Emma Stone), e como vilão da vez, Curt Connors, o Lagarto, que já era intenção que viesse a dar as caras na cine serie do Cabeça de Teia, dado suas aparições em dois filmes da trilogia. Dado os personagens, temos a historia que foi o ponto crucial para me fazer decidir qual dos dois primeiros episódios eu escolheria como melhor. Começando pelo vilão, desde quando anunciado, já me deu um certo desanimo, Lagarto nunca foi nem de longe um vilão que me interessasse no universo do Homem Aranha, e após a primeira foto do mesmo surgir, realmente me decepcionei, com essa onda de “realidade” nos filmes de heróis, acabou afetando a aparência do vilão, que ficou mais parecido com uma Tartaruga Ninja, de rabo e dentes serrados. Os efeitos empregados na criatura são bastante convincentes, aliás, todos os efeitos são convincentes, mas nada diferentes, algumas cenas até dão a impressão de já terem sido vistas antes por aí.
Não vou me ater a falar sobre atuações aqui, a exceção do protagonista. Garfield é Peter Parker mais contemporâneo, como já falado, mais descolado, mais atirado, popularmente falando. Pra mim ele acabou parecendo um personagem desses seriados teens americanos, seu trabalho nem de longe lembra o bom desempenho no filme de David Fincher. E também dando uma beiradinha pro vilão, esse não tem presença alguma quando “normal”, não tem cara de vilão, é apagado, quando tenta fazer algo mais acaba soando caricato.
O Espetacular Homem Aranha foi a decepção do ano nas adaptações, um filme pior do que eu esperava que fosse. Que as seqüências sejam num nível maior, pois esse episodio que tinha a responsabilidade de trazer uma nova proposta e tirar a imagem ruim com Homem Aranha 3, acabou quase caindo na mesma desgraça, tendo pouco de melhor. Nossas preces estão voltadas ao Aranha pelo seu futuro!
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