(Son of Frankenstein, EUA, 1939).
Diretor: Rowland V. Lee. Elenco: Basil Rathbone (Wolf von Frankenstein), Boris Karloff (Monstro), Bela Lugosi (Ygor), Lionel Atwill (Inspetor Krogh), Josephine Hutchinson (Elsa von Frankenstein), Edgar Norton (Benson), Donnie Dunagan (Peter von Frankenstein).
O filho do louco criador do monstro, feito com partes de corpos de defuntos, chega, já adulto, casado e pai de um menino, à vila onde seu pai realizou sua maior obra, para assumir a propriedade. Instala-se no castelo junto ao laboratório onde o monstro havia desaparecido, anos atrás. Ao descobrir uma valise com todas as anotações e pesquisas do pai e reencontrar o monstro doente, nos escombros do laboratório, sob os cuidados do velho Ygor, resolve reanimá-lo. Krogh, o inspetor de polícia, mostra-se preocupado com a revolta da população local contra a presença da família Frankenstein na vila, e com as mortes misteriosas que estão ocorrendo no lugar.
Com roteiro de Willis Cooper, este é o terceiro filme da série clássica e a última interpretação de Boris Karloff usando a maquiagem do monstro. Dos filmes que se seguiram a “Frankenstein” (1931) e “A Noiva de Frankenstein” (1935), ambos dirigidos por James Whale, este tem a melhor produção, e é aquele que mantém a mesma qualidade tanto na narrativa quanto nos ótimos cenários expressionistas, ainda mais evidentes aqui. O elenco é ótimo. O ator húngaro Bela Lugosi, que faz o papel de Ygor, é talvez, o melhor personagem de toda a trama. Com ótima interpretação, bem maquiado e caracterizado, mostrando o pescoço quebrado de seu personagem, que sobreviveu a um enforcamento, ele é o responsável pelas melhores cenas, envolvendo o monstro e os aldeões. Já era conhecido por seu papel do vampiro em “Drácula” (1931), de Tod Browning, e por ter atuado ao lado de Boris Karloff em “O Gato Preto” (1934), de Edgar G. Ulmer. O galã Basil Rathbone, que faz o filho de Frankenstein, já havia participado de filmes como: “As Aventuras de Robin Hood” (1938), ao lado de Errol Flynn, sob a direção de Michael Cyrtiz, e “A Torre de Londres” (1939), ao lado de Boris Karloff, sob a direção de Rowland V. Lee. O ator Boris Karloff, ícone dos filmes de terror da Universal, retornava ao papel que o tornara famoso nos dois filmes anteriores, e depois de já ter atuado em “A Casa Sinistra” (1932), de James Whale, “A Múmia” (1932), de Karl Freund, e no já citado “O Gato Preto”. Outro famoso era Lionel Atwill, que já havia protagonizado “O Mistério do Museu de Cera” (1933), de Michael Curtiz, e “A Mulher Satânica” (1935), de Josef von Sternberg. Curiosidade: O personagem do ator Lionel Atwill, o inspetor Krogh, com seu braço mecânico, foi hilariamente satirizado na comédia “O Jovem Frankenstein” (1974), de Mel Brooks, pelo ator Kenneth Mars, fazendo o inspetor Kemp.
A edição nacional em DVD, pela Universal, traz o filme no formato full screen (original), com áudio Dolby Digital 2.0 (em inglês). Inclui, na mesma edição, o filme “O Fantasma de Frankenstein”, com Lon Chaney Jr. no papel do monstro.
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