O plot é interessante. Três jovens e inexperientes assaltantes resolvem assaltar a casa de um velho cego e rico, achando que será moleza. Ledo engano.
O problema é que a boa idéia inicial cai na realização padrão dos filmes de terror norte-americanos recentes. O diferente se torna comum e pouco nos surpreende (apesar das tentativas).
Contribui para isso os perfis desinteressantes dos jovens assaltantes e o desempenho sofrível do elenco. Além do mais, o ritmo rápido não ajuda a refletir sobre o que acontece e nem cria uma atmosfera aterrorizante, claustrofóbica. Em suma, o filme é conduzido pelo uruguaio Fede Alvarez (da refilmagem "A Morte do Demônio", de 2013) de forma presa, padrão.
Antes de assistir ao filme pensei tratar-se de algo como "Um Clarão Nas Trevas", filme de 1967, em que Audrey Hepburn faz a mulher cega que é aterrorizada por gângsteres em seu apartamento, que acreditam lá estar escondida valiosa droga. O grande momento do filme é quando a luz do lugar é desligada, e a frágil e cega mulher se vê, enfim, em condições de enfrentar seus algozes de igual para igual. Só que, claro, com o drama e suspense de 1967 alterados para suspense e terror, isto é, algo mais pesado. "O Homem nas Trevas" não cumpriu a expectativa que nele depositei — sabe-se lá porque o fiz — e decepcionou.
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