Minha Maratona Woody Allen:
O QUE É QUE HÁ, TIGRESA? (1966)
Um dos filmes mais curiosos da carreira do diretor é justamente essa redublagem (escrita e dirigida pelo cineasta) de um filme porcamente engraçado feito no Japão. A graça está no fato de os diálogos serem extremamente expositivos, forçados e com ironias tão estúpidas (no bom sentido) quanto qualquer obra do Monty Python, mas não tão genial quanto o grupo inglês. O resultado é um tanto quanto desconfortável: se em determinado momento estamos rolando de rir com frases icônicas como “seu cão que late!”, em outros, a dublagem realmente incomoda e distancia o espectador da brincadeira. Mas o resultado é, no geral, positivo e o humor nonsense de Allen segura a onda, como no instante em que alguém tenta retirar uma sujeira do projetor durante uma cena de luta entre o protagonista e uma naja. Não há muito que escrever sobre este filme, já que pessoalmente não considero como item oficial da filmografia do diretor, mas é uma pequena preciosidade de valor mais pessoal do que artístico (um “guilty pleasure” talvez).
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