Baseado num conto do escritor Bruce Jay Friedman, "O Rapaz que Partia Corações" (The Heartbreak Kid, 1972) é uma comédia romântica que contém uma dose de realismo que pode assustar aqueles que esperam um filme simples.
O judeu nova-iorquino Lenny (Charles Grodin) resolve se separar de sua recém-casada esposa durante sua lua de mel na Flórida. O motivo da separação é a estonteante Kelly (Cybill Shepherd), garota que que está hospedada no mesmo hotel do casal.
O que surpreende no filme é que Lenny simplesmente abandona sua esposa, a ingênua Lila Kolodny (Jeannie Berlin), sem nenhum tipo de julgamento ou remorso: o rapaz apenas se deixa ser levado pelo desejo. Se um casamento de anos é estremecido quando aparece uma mulher sexy e atraente na vida do casal, imagine então um casamento que tem apenas três dias?
O mérito da atuação de Charles Grodin foi interpretar um personagem que é, ao mesmo tempo, ingênuo e esperto. Como na cena em Lenny tem uma conversa séria com o pai de Kelly pela primeira vez: o rapaz o conta que é recém-casado, mas que apesar disso, ama a sua filha e já está em processo de divórcio.
Em uma das cenas finais do filme, Lenny diz, em uma conversa na mesa de jantar, que é um homem determinado; diz isso mesmo depois de ter se arrependido do um casamento três dias depois da cerimônia e largado a esposa
A atuação de Eddie Albert como o pai de Kelly se destaca pelo ódio que ele expressa pelo rapaz através de seus gestos arrogantes e expressões faciais de desprezo, parecendo sempre estar a ponto de agredir Lenny.; destacou-se tanto que foi indicado ao Oscar de 1973.
Enfim, é um filme pouco conhecido de uma diretora (Eliane May) ainda menos conhecida, que merece nossa atenção.
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