Com o grande desempenho de O Rei Leão nas bilheterias em 94, aliado com as excelentes críticas recebidas, esta super produção da Disney logo tornou-se um marco naquela década, por uma história incrivelmente envolvente e emotiva, bem como um grande avanço na qualidade de animação do estúdio. Quatro anos após o sucesso, uma continuação foi promovida, que continuaria a contar o desenvolvimento dos personagens e suas respectivas histórias, como também a inserção de novos. Logo de cara, percebemos que a qualidade da animação caiu, da mesma forma como a música de abertura do longa não é tão impactante como seu antecessor. Os personagens também aparentemente perderam grande parte daquele charme próprio que cada um possuía no primeiro. Desta vez, Simba terá que proteger seu reino dos leões exilados, que armam uma emboscada, envolvendo a filha do Leão, Kiara, para se aproximarem do rei, afim de recuperarem os tempos de 'glória' de quando Scar estava no trono.
O filme só é divertido graças, sem dúvida alguma, aos personagens Timão e Pumba (Que após o grande sucesso do primeiro longa, ganharam um desenho animado próprio, alcançando sucesso imediato por seus roteiros engraçados e criativos), mas não suficientes para segurarem o filme sozinhos nas costas. Os demais personagens são todos rasos, e o que dizer sobre os vilões? Os leões exilados Zira, Nuka e Vitani são extremamente caricatos e vazios, não contribuem em nada para o filme, onde só aparecem para aborrecer o público, bem diferente de Scar, que possuía uma forte personalidade e era presença forte em tela.
Kiara é legal, porém o roteiro torna seu relacionamento com Kovu arrastado e monótono em certas partes da projeção. Não há novos elementos sendo apresentados ao público, só existe um monte de clichês previsíveis que já se tornaram chatos a bastante tempo. Não precisa ser expert em filmes para notar que o relacionamento entre ambos não receberá aprovação de ambas as partes, devido as circunstâncias contrárias, e o roteiro irá apresentar aquele velho e batido bláblá de que o casal lutará pelo amor que sentem um pelo outro, e provarão que a união dará certo, e para os grupos de Leões do Reino e os exilados, essa união será a melhor alternativa para acabar com tanto ódio. Mais previsível impossível, totalmente diferente do primeiro filme.
Simba, outrora um grande personagem, de personalidade complexa, com dilemas a serem resolvidos, aqui se torna apenas um coadjuvante, o que desagradou a muitos fãs. O foco do roteiro se dá ao relacionamento de sua filha com Kovu, deixando o mesmo de lado, bem como sua relação com os demais de seu reino. O que dizer de Zazu e Rafiki? Aqui nem precisariam estar no filme, já que se tornaram totalmente dispensáveis pelo roteiro. O Rei Leão 2: O Reino de Simba teve seu lançamento comercial em 1998 totalmente voltado para VHS, não sendo exibido mundialmente nos cinemas. Isto atrapalhou sua arrecadação, apesar de que na época, milhares de fitas do filme eram vendidas como água. Não é nem um terço do que representou o primeiro filme, em termos de qualidade de roteiro e animação, bem como musicalidade e impacto entre o público, deixando este episódio na última colocação dos três filmes da série.
Bem... Não concordei com essa crítica tão severa... Se você pensar bem rei leão 1 também é um grande clichê... O irmão rejeitado q ficou magoado... E nem por isso deixa de ser MT bom... Rei leão dois não é diferente, e (na minha opinião) apresenta uma melhor desenvoltura dos personagens e um vilão a altura... Afinal de contas (apesar de scar ser mais magnético) ele tbm não foi tão desenvolvido...